6 formas de transformar a ansiedade em uma "arma secreta"
Veja a seguir seis maneiras pelas quais a ansiedade pode ser algo a se tirar proveito
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2015 às 20h44.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h29.
Costumo descrever a ansiedade como minha “aminimiga” mais fiel. Qualquer um dos 40 milhões de americanos que enfrentam transtornos de ansiedade sabe que viver com ansiedade quer dizer passar a vida lutando para lidar com ela. A ansiedade é uma aflição palpável, que consome a pessoa por inteiro e às vezes é insuportável. Ela pode causar tensões em relacionamentos , fazer com que sofrimento mental se manifeste fisicamente, impactar o modo como você toma decisões e, de maneira geral, complicar muito a sua vida. Passei anos furiosa com minha ansiedade e tentando mandá-la desaparecer para sempre. Infelizmente, não é assim que funciona para a grande maioria das pessoas e não foi assim que funcionou comigo. Nos últimos anos, porém, enquanto fui lidando com a ansiedade, estudando-a e escrevendo sobre ela, passei a entender que ela tem sido uma ferramenta útil e fonte de força secreta para mim, tanto quanto um impedimento. Encontrei no Tumblr um humorista que descreve a ansiedade como um superpoder que precisa ser controlado. Quando li isso, alguma coisa fez sentido para mim. Aprender a tratar a parte ansiosa de mim mesma com compaixão tem sido difícil, mas é um esforço que vale muito a pena. E isso me permitiu enxergar como posso canalizar minha ansiedade em meu benefício. O verdadeiro trabalho consiste em separar o que é bom do que é negativo e identificar quais partes devo abraçar e quais precisam ser mudadas – com a ajuda de um bom terapeuta, é claro. Veja a seguir seis maneiras pelas quais a ansiedade pode ser uma arma secreta.
Quando eu era adolescente, jamais entregava um trabalho escolar atrasado ou deixava de estudar para uma prova. A ansiedade que eu sentiria se não me preparasse corretamente seria muito pior que simplesmente fazer o trabalho, e pronto. Isso me converteu em aluna modelo e me deu facilidade para fazer provas. Hoje, chegando perto dos 30 anos, aprendi a canalizar minha ansiedade para o trabalho. Eu a uso para me instigar quando tenho um prazo a cumprir ou preciso fazer uma tarefa de último minuto.
Um dos piores aspectos da ansiedade é que ela pode fazer você ficar presa em sua própria cabeça. Isso é algo que eu senti muito ao longo dos anos. Esse lado da ansiedade me leva a contar a mim mesma narrativas complexas (e muitas vezes falsas) sobre situações reais, o que não é legal. Mas também me deixa articular ideias e frases em minha cabeça com relativa facilidade. Essas ideias e sentenças se convertem em textos e histórias. Acho que a ansiedade me ajuda a fazer com que as palavras se derramem sobre a página – ou melhor, sobre a tela do computador. O monólogo interior acaba sendo útil.
A ansiedade pode dificultar a tomada rápida de decisões, mas, por outro lado, me ajuda a prever o que vem pela frente. Analisar as coisas em retrospectiva é muito fácil; prever com antecedência é utilíssimo.
Ocupar um cargo de liderança nunca é fácil, e a ansiedade, especialmente se não for tratada, pode fazer com que administrar outras pessoas pareça impossível. Eu tinha 21 anos quando tive a primeira oportunidade de comandar um grupo grande de pessoas, e eu me sentia totalmente dominada pela preocupação tipo 25 vezes por dia. À medida que fui amadurecendo e aprendendo a lidar melhor com a ansiedade, também fui aprendendo a ser uma líder melhor. Isso me ajudou a ter uma atitude mais compassiva em relação ao que meus colegas de trabalho podem estar sentindo ou enfrentando em qualquer momento. Prever como nossos atos (ou situações que independem de nós) podem impactar outras pessoas é uma ferramenta útil para um chefe.
Minha ansiedade me leva a criar histórias complexas sobre outras pessoas e como eu deveria/poderia reagir a elas. E isso pode ser exaustivo. Mas ela também me ajuda a imaginar o que as outras pessoas podem estar sentindo, e isso me ajuda a criar laços com outras pessoas. E afinal, criar conexões humanas não é a coisa mais importante da vida?
Quando você reflete introspectivamente sobre sua saúde mental e se esforça para entendê-la melhor, pode também aprender alguns mecanismos úteis para lidar com os problemas. Eu já compartilhei essas ferramentas com amigos meus – quando me pediram, é claro, porque não há nada mais irritante que uma pessoa que tenta ser sua pseudoterapeuta. Fazer terapia me leva a saber não fazer isso com meus amigos. Em última análise, isso propicia relacionamentos mais saudáveis.
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