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Varejo: quais as vantagens de aderir ao mercado livre de energia?

Especialista explica as vantagens que o ambiente de livre contratação pode oferecer às empresas que o aderem

Com a nova medida válida a partir de 2024, empresas de pequeno porte também poderão tomar à frente de suas decisões energéticas (Yangphoto/Getty Images)

Com a nova medida válida a partir de 2024, empresas de pequeno porte também poderão tomar à frente de suas decisões energéticas (Yangphoto/Getty Images)

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Publicado em 24 de agosto de 2023 às 12h10.

Última atualização em 24 de agosto de 2023 às 13h04.

A adesão ao mercado livre de energia pode oferecer a indústrias no mercado cativo a vantagem de poder negociar preços referentes aos serviços prestados. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 56% dessas indústrias – que hoje são atendidas pela distribuidora de energia da região – desejam realizar a migração por esse e outros motivos. Para essas, a boa notícia é que a partir de 1° de janeiro de 2024, segundo a Portaria nº 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME), o acesso ao Mercado Livre estará liberado.

“É uma libertação, afinal os consumidores de pequeno porte, que possuem faturas de energia a partir de R$ 10 mil por mês e que estejam ligadas em alta tensão, também estarão empoderados para as tomadas de decisão na contratação de energia elétrica”, explica Débora Cruz, head de comercialização varejista na Bolt Energy, convidada para esclarecer a questão. Ela ainda completa que a automatização e digitalização dos processos ajudará a facilitar a complexidade do setor, além de melhorar o atendimento ao cliente no pós-vendas. 

Quais vantagens o mercado livre de energia pode trazer aos negócios?

Dentro do universo corporativo a eficiência energética pode trazer economia na ponta do lápis, mas, ainda de acordo com a pesquisa da CNI, cerca de apenas 10,5 mil empresas industriais operam nesse modelo em que o consumidor negocia direta e livremente com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia. De segundo a especialista Débora Cruz, existem quatro vantagens principais na migração:

1. Contratação

Poder ter o livre arbítrio para escolher uma empresa que realize todo o processo de migração e intermedia a comunicação com a distribuidora e com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Fica a cargo da empresa, responsabilidades como informar à distribuidora, adaptar a cabine de energia, finalizar a migração junto à câmara de comercialização e enviar a fatura com o desconto aplicado ao cliente.

2. Preço

Permite que o consumidor tenha risco zero no mercado através de desconto garantido, podendo chegar em até 30%, com fatura única e migração simplificada.

3. Previsibilidade e Segurança

Com menos burocracia que o mercado livre tradicional, é possível pagar apenas pelo que é consumido. Isso acarreta em uma atuação mais segura e de confiança. 

4. Gestão Sustentável

Será possível apostar na contratação de empresas que trabalhem com energia vinda de fontes renováveis, como as fotovoltaicas, eólicas e/ ou a gás. Elas também geram economia e têm apelo sustentável nos negócios. 

Como realizar a migração? 

Para entrar para o mercado livre varejista é necessário realizar a rescisão contratual do atual contrato com a distribuidora local. A comunicação da rescisão tem de respeitar os 180 dias de antecedência do fim da vigência do contrato. Após isso, será realizado uma adequação física na cabine de energia, a troca do medidor e a  formalização de alguns documentos solicitados pela distribuidora. Por fim, é realizada a validação e aprovação pela distribuidora e CCEE. Depois dessa fase, é só aguardar o início das operações no Mercado Livre.

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