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Um ano novo cheio de desafios para o e-commerce

2022 será um ano absolutamente diferente, com Copa e eleições no segundo semestre, e também com diversos desafios no ambiente virtual

Grande desafio do e-commerce será lidar com eventos como copa e eleições tão próximas e mais a Black Friday e o Natal (TravelCouples/Getty Images)

Grande desafio do e-commerce será lidar com eventos como copa e eleições tão próximas e mais a Black Friday e o Natal (TravelCouples/Getty Images)

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Publicado em 7 de janeiro de 2022 às 18h10.

Por Andrea Fernandes*

Quero começar a coluna te desejando um feliz 2022! E todo começo de ano é sempre cheio de expectativas. A gente espera que seja um ano melhor, com mais saúde e prosperidade para todo mundo. E tenho esse olhar positivo para o ano que começa também no e-commerce, mas será um enorme desafio.

2022 será um ano bem atípico do ponto de vista de calendário, especialmente no segundo semestre. Neste ano, a Copa do Mundo vai acontecer em novembro — e não tradicionalmente em junho. Essa escolha de data se deu por causa do calor no Oriente Médio, onde o mundial será realizado. Além disso, teremos a eleição presidencial, com primeiro turno em 2 de outubro e previsão de um segundo turno em 30 de outubro.

O grande desafio do e-commerce será lidar com esses dois eventos tão próximos e mais a Black Friday e o Natal. A grande questão é como o consumidor brasileiro vai se comportar nesse cenário — lembrando que tudo isso tem um impacto forte no cenário macroeconômico.

Em 2021, vimos uma consolidação do e-commerce, com a permanência dos consumidores no ambiente online e varejistas muito mais estruturados para atender as demandas. Neste ano novo, a tendência é de evolução por parte do varejo, que deve continuar investindo não só no momento da compra, mas também no pós-venda, a fim de garantir uma boa experiência de compra que fidelize o cliente em um ano tão atípico.

E aqui acredito que a forma de pagamento vai fazer muita diferença em 2022. O brasileiro se apaixonou pela praticidade do Pix e vem demonstrando um desejo de ter essa modalidade de pagamento mais presente no e-commerce. Pesquisa feita pela Neotrust, nossa empresa de inteligência de dados aqui do T.Group, mostrou que 25% dos entrevistados tinham o desejo de pagar com o Pix. Mas, na última Black Friday, por exemplo, vimos que somente 3,5% dos pedidos foram fechados dessa forma. Isso se deu, na nossa avaliação, por fatores como segurança, trava do valor em determinados horários, e até pelo fato das pessoas poderem parcelar no cartão de crédito. Como toda nova modalidade, o Pix vem sendo aprimorado, mas caberá ao e-commerce também a tarefa de pensar formas mais amigáveis de compra com esse tipo de pagamento.

Ainda pensando no cenário macroeconômico — as previsões não apontam um ano fácil —, um mercado que tem potencial de crescimento no e-commerce em 2022 é o de usados. Em momentos de menor poder de compra, de mais endividamento, esses são produtos que têm tudo dar um salto.

O ano que vem, e muito motivado também pela Copa, deve ser marcado pelo crescimento do marketing de influência e das live commerces. Febre na China, esses eventos com transmissão ao vivo contam com a participação de influenciadores — e aqui não estamos falando só dos grandes, mas também dos nanoinfluenciadores —, divulgando marcas, produtos, em um verdadeiro show de vendas. Tem tudo para cair no gosto dos brasileiros de vez!

Este ano que começa também traz a oportunidade de uma ampliação do voice commerce, que possibilita a experiência de compra a partir de comandos de voz, com o uso de inteligência artificial. As mudanças trazidas pela pandemia ampliaram o papel desses assistentes de voz em nosso cotidiano — e essa praticidade precisa ser adaptada e levada para o e-commerce de forma mais rápida — até porque, a compra por comando de voz contém em si um fator fundamental, que é o da inclusão de pessoas com deficiência no universo das compras online.

E não poderia deixar de falar aqui sobre metaverso, que ganhou ainda mais visibilidade após o anúncio da mudança do nome do Facebook para Meta. O conceito é de um universo virtual paralelo, onde as pessoas poderão não só jogar, mas trabalhar, se divertir e… fazer compras. O grande desafio será entender como essa realidade virtual paralela, que é a grande aposta dos gigantes da tecnologia, vai ser construída e como se darão as relações dentro dela. As marcas de luxo do mundo da moda já estão apostando nessa realidade.

Como deu pra ver, esse ano que começa será cheio de desafios e oportunidades em várias frentes para o e-commerce. Nós, aqui no T.Group, estamos prontos para o novo e desejamos que você também esteja. Feliz 2022!

*Andrea Fernandes é CEO do T.Group

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