Trends: diferenças geracionais e marketing
Campanhas devem se orientar também por faixas etárias para atingir objetivos
Bússola
Publicado em 13 de outubro de 2022 às 17h10.
Última atualização em 13 de outubro de 2022 às 17h15.
Grupo geracionais têm características específicas, assim como comportamentos distintos.
Para atingir um público-alvo, profissionais de marketing devem conhecer os valores e anseios de cada geração, incluindo uma linguagem que conversa e apresenta soluções de acordo com suas necessidades.
É possível vender um mesmo produto com abordagens diferentes.
Se uma geração preza mais por design e imagem, e outra por durabilidade e qualidade, a comunicação pode destacar esses pontos.
Segundo relatório do Edelman Trust Barometer 2022, batizado de A nova dinâmica da Influência, 59% das pessoas que têm entre 15 e 30 anos dizem estar envolvidas em causas sociais e políticas. Considerar essa informação em qualquer estratégia é o que fará a diferença entre uma campanha bem-sucedida e outra que não atinge o consumidor.
Levar em conta também as plataformas mais usadas de cada geração, conhecendo onde os leads se sentem mais confortáveis, promovendo diversos pontos de contato com o público, em vários canais, utilizando, inclusive, vozes influentes que falam “a mesma língua” com determinado grupo, é criar um planejamento de marketing que se baseia em estudos, portanto, que entende o seu consumidor e o que ele deseja.
Criação de conteúdo requer pesquisa
Atualmente as pessoas estão muito mais interessadas em transparência e credibilidade. Marketing de autoridade só alcança seu público se a estratégia levar em consideração que as diferentes gerações anseiam por distintas informações. O que faz muito sentido para um grupo de pessoas, não faz para o outro.
Isso não quer dizer que a interdisciplinaridade não seja bem-vinda, pelo contrário. Uma ação bem construída pode fazer, inclusive, com que as diferentes conversas atinjam os valores de vários grupos, despertando o interesse de uma geração em relação à outra.
Uma campanha recente, de uma famosa marca americana, misturou estrelas jovens com mulheres icônicas como Julianne Moore e Diane Keaton. O intuito foi mostrar que ambas gerações compartilhavam a mesma mentalidade acerca da importância da atemporalidade de certos estilos de roupas.
Não é muito difícil adivinhar que o sucesso veio na velocidade de um post viralizado.
Celebrar a diversidade e mostrar que uma geração não se comporta como, por anos, foi estigmatizada, é revitalizar a informação, estar atento a contemporaneidade e, por incrível que pareça, inovar e criar estéticas modernas.
Internamente, as agências de marketing não podem, de maneira alguma, ignorar a representatividade.
Se por um lado profissionais jovens trazem novidades, energia e ideias para campanhas, por outro lado, eles ignoram muitas vezes os maiores de 50 anos o que faz com que a maioria não sinta afinidade com marcas que poderiam facilmente sentir.
A juventude não desaparece à medida que envelhecemos e experiência significa eficácia e resoluções inteligentes.
Oportunidade é a palavra-chave para atingir diferentes gerações.
Para isso é necessário agir buscando conquistar a confiança por meio de conteúdo, com objetivos claros, que não negligenciam dados demográficos.
Idosos já atingiram a maioridade nas mídias sociais e nativos digitais dominam a maioria das ferramentas disponíveis.
Entender as diversas gerações implica valorizar as histórias e promover experiências.
Ótimas soluções não acontecem como passes de mágica, mas com pesquisa e criatividade para atender às demandas e dominar as ferramentas.
A dica é se orientar pelas diferenças geracionais, pelas semelhanças das gerações e conversar com todas, sem pré-conceitos nem adivinhações.
Bons frutos darão em qualquer estratégia que preze pelo respeito e compreensão das diversas faixas etárias.
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* Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios do Grupo FSB
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a EXAME. O texto não reflete necessariamente a opinião da EXAME.
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