Talvez já seja a hora de a Anvisa reconhecer os tempos de guerra e agir de acordo
Eficiência da Coronavac contra a variante do SARS-Cov-2 surgida em Manaus, ainda que em estudo preliminar, traz esperança
André Martins
Publicado em 10 de março de 2021 às 18h20.
Última atualização em 10 de março de 2021 às 21h16.
As notícias vêm e vão, mas uma boa notícia do dia é a Coronavac ser eficiente contra a variante do SARS-CoV-2 surgida em Manaus. São estudos ainda preliminares, e todos sabemos como o meio científico e a imprensa estão coalhados de "estudos preliminares". Mas não custa ter a esperança de que se confirmem. Será excelente se a vacinação com o imunizante de origem chinesa ajudar contra novas cepas.
Outra notícia relevante do dia é a progressiva aceitação da Sputnik V na Europa. Desta vez foi o responsável pelas vacinas na Alemanha a elogiar o imunizante russo do Instituto Gamaleya. Pouco a pouco, as barreiras geopolíticas vão sendo permeabilizadas pela necessidade premente de atender à demanda irrefreável das populações por vacinas.
Aqui no Brasil, parece já termos superado o período de desconfianças sobre a Coronavac. Ou pelo menos já estamos bem perto de superar.
Falta agora dar o passo decisivo. Talvez a Anvisa deva reavaliar seu ritmo e compreender que estamos diante de uma emergência nacional em larga escala. Uma situação de guerra. E situações não convencionais exigem atitudes idem.
* Alon Feuerwerker é analista política da FSB Comunicação
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