Hoje a eleição é uma disputa completamente em aberto, com 50/50 de chances (Miguel Schincariol/Nelson Almeida/AFP/Getty Images)
Bússola
Publicado em 3 de outubro de 2022 às 14h00.
Última atualização em 3 de outubro de 2022 às 14h17.
O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram ao segundo turno com uma diferença de cerca de 5 pontos percentuais entre eles, por volta de metade da diferença no voto válido apontada pela última pesquisa BTG-FSB uma semana antes da eleição.
O fenômeno verificado nesta reta final de primeiro turno, e não captado pelas pesquisas, foi uma transferência importante de votos da terceira via para Bolsonaro, num movimento aparente de antecipação do segundo turno.
Assim, Lula fechou a rodada inicial com os votos válidos previstos, mas Bolsonaro desempenhou significativamente acima, resultado que se deve principalmente a um melhor desempenho no Sudeste, especialmente em São Paulo. Que, com segundo turno para governador, será um palco decisivo em 30 de outubro.
Os outros dois grandes estoques de voto no Sudeste decidiram a parada já neste domingo. Os dois governadores eleitos de Minas Gerais e Rio de Janeiro serão cabos eleitorais importantes no segundo turno.
O presidente da República enfrenta alguns desafios no segundo turno. Um deles é o fato de os candidatos com algum voto que não se classificaram para a decisão tenderem a apoiar o candidato do PT. Mas, com quatro semanas de campanha e boas notícias na economia, é hoje uma disputa completamente em aberto, com 50/50 de chances.
*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a EXAME. O texto não reflete necessariamente a opinião da EXAME.
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