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Qual a importância do vice-presidente para o eleitor?

Independentemente do nome, o objetivo da escolha é sempre o mesmo: maximizar o retorno político que o braço direito pode dar

44% dos eleitores afirmam que o vice é “importante, mas não é decisivo”. (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

44% dos eleitores afirmam que o vice é “importante, mas não é decisivo”. (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

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Publicado em 29 de abril de 2022 às 17h25.

Por André Jácomo*

A escolha do nome para a vice-presidência da República costuma ser uma costura delicada para todos os partidos e candidatos. A composição de nomes que se complementam em características, histórico e foco de representação política é uma equação complexa que tira o sono de todos os pré-candidatos ao Palácio do Planalto. Independentemente do nome, o objetivo da escolha é sempre o mesmo: maximizar o retorno político que o braço direito pode dar.

Na histórica política brasileira recente, a escolha pelo vice-presidente acena sempre para dois vetores, na busca por governabilidade ou por maximizar votos. No primeiro vetor, o exemplo mais ilustre é a composição da chapa entre Lula e José Alencar, uma escolha justificada na proximidade que o mineiro possuía com o setor empresarial, como um aceno de moderação política e econômica para o governo do petista. Para o segundo, o melhor caso é a chapa Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel, um nome incontestável e identificado com o Nordeste.

Mas e para o eleitor? O nome que aparece ao lado do candidato na urna faz diferença para o voto? A pesquisa BTG/FSB divulgada nesta última segunda-feira, 29, aponta para um resultado interessante: para dois terços do eleitorado brasileiro o nome do vice não é decisivo para a escolha do voto. Precisamente, 44% dos eleitores afirmam que o vice é “importante, mas não é decisivo” e 23% afirmam que seu nome não é “nem importante, nem decisivo” para o voto.

Para o eleitor, o nome dos candidatos à vice-presidência tem uma relevância inversamente proporcional ao espaço dado no noticiário e às preocupações dos partidos políticos.

*André Jácomo é diretor do Instituto FSB Pesquisa

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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