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PLAY: Como é viver na Antártida só com outras três pessoas

Reino Unido seleciona quem deseja trabalhar no continente gelado; site mostra como é a vida entre pinguins

Quatro mulheres vão passar meses sozinhas no continente gelado. (Paul Souders/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 15 de outubro de 2022 às 18h27.

Por Danilo Vicente*

Quatro mulheres acabam de ser selecionadas para, entre novembro e março, se mudar para a gelada Antártida e viver em um pequeno pedaço de terra, a ilha Goudier.

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Clare Ballantyne, Mairi Hilton, Natalie Corbett e Lucy Bruzzone irão administrar o posto de correio, um pequeno museu e a loja de presentes mantidos pelo UK Antarctic Heritage Trust, órgão do Reino Unido responsável por estas unidades avançadas. Ah, elas também terão de contar quantos pinguins há na região.

O desafio teve 3.000 inscrições. Ano após ano são abertas estas quatro oportunidades. A ilha Goudier tem instalações britânicas desde a Segunda Guerra Mundial, especificamente desde 1943, quando a chamada Operação Tabarin foi colocada em prática.

Na época, os servos da rainha (agora do rei) tinham o objetivo de ocupar permanentemente essa parte da Antártida para reafirmar a soberania britânica nas Ilhas Malvinas e impedir o acesso a navios e submarinos inimigos.

Eis que as quatro sortudas (será?) vão substituir um quarteto que no último verão (da Antártida) esteve por lá. O mais curioso é que o site da UK Antarctic Heritage traz perguntas e respostas da mais recente turma. Os questionamentos foram enviados por internautas.

O idioma é o inglês, mas o Google ajuda a traduzir. Vale clicar e ler.

Por exemplo, para a pergunta sobre “qual item você gostaria de ter embalado para levar com você para a base?". A resposta: “a coisa que gostaríamos de trazer, não podemos! Um bom chuveiro quente seria o sonho”. Isso porque lá os banhos são com um balde. Aliás, também não há vaso sanitário e, novamente, usa-se balde (espero que um diferente).

E há questionamentos de curiosos sobre como funciona o posto do correio – o único da Antártida. O posto envia cerca de 70 mil postais por ano para 100 países. Já o caminho inverso é mais difícil: com apenas 4 pessoas morando na ilha, receber correspondência não está no dia a dia do posto de correio.

Para envio de postais, é preciso “encontrar um navio que vá para Stanley, nas Malvinas... na maioria das vezes o posto (do correio) é ocupado por navios de cruzeiro, mas às vezes é ocupado por iates”.

Já a loja de presentes tem presença também online. No mesmo site da UK Antarctic Heritage é possível encomendar camisetas, pinguins de pelúcia, livros, mapas e até gravatas.

Agora, com o conhecimento sobre como acompanhar a vida na ilha Goudier, que tal se candidatar em 2023? Ano que vem tem escolha de novos quatro trabalhadores.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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