Planejar 2021
Coluna de Alon Feuerwerker lembra que, até a maioria da população estar imunizada, será preciso combinar a volta gradual das atividades com medidas de distanciamento social
Mariana Martucci
Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 18h57.
Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 20h23.
Situações de estresse extremo induzem à busca de soluções milagrosas e imediatas, com o pensamento mágico servindo de motor. É normal, portanto, o que vemos agora na pandemia de covid-19: a ilusão de que a largada da vacinação vai trazer um alívio quase instantâneo.
Haverá algum alívio, sim, mas, por enquanto, ele estará restrito principalmente aos limites da psicologia. Na vida real, o vírus continuará circulando firme, fazendo adoecer e infelizmente matando, até a maioria da população estar imunizada.
A partir daí é que se poderá falar em algum controle em grande escala. É o que dizem os especialistas.
Então preparemo-nos para um 2021 duro. No qual não será possível trancar todo mundo em casa até a próxima São Silvestre nem será sensato fingir que o problema não existe. Precisamos de uma política de volta progressiva às atividades e que combine com as necessárias medidas de distanciamento social.
Isso é particularmente urgente na Educação. As maiores vítimas da guerra político-judicial e da ausência de qualquer coordenação nacional para a retomada têm sido nossas crianças e jovens. Especialmente os da escola pública.
* Analista político da FSB Comunicação
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