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Para 84% dos jovens, IA é importante para conseguir emprego

Levantamento mostra também que, quando se avalia a utilização das ferramentas de IA, 69% dos jovens acham que elas podem ajudar no processo de aprendizagem

Jovens estão cada vez mais investidos em aprender sobre inteligência artificial (Francesco Carta fotografo/Getty Images)

Jovens estão cada vez mais investidos em aprender sobre inteligência artificial (Francesco Carta fotografo/Getty Images)

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Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 13h00.

Oito em cada 10 jovens entre 14 e 29 anos (84%) acreditam que o conhecimento sobre inteligência artificial é um fator impactante para conseguir emprego. 

A tecnologia, que cujo mercado brasileiro já estima um tamanho de até US$ 3 3,28 bilhões até 2030, tornou-se cada dia mais indispensável. E a força de trabalho já percebe a necessidade de formação complementar dentro da IA.

O levantamento, realizado pela  Demà e a Nexus, mostra também que apenas 11% dos jovens avaliam que não faz diferença, 3% acham que seja até prejudicial e 2% não souberam responder.

Ou seja, a opinião de que a IA é importante para o futuro profissional é mais popular do que o desinteresse para com a tecnologia. 

  • A metodologia: foram entrevistados 2.016 cidadãos com idade entre 14 e 29 anos, nas 27 Unidades da Federação.

93% dos jovens brasileiros entre 14 e 18 anos já ouviram falar de IA

A pesquisa da Demà e da Nexus aponta também que quanto mais jovem maior a taxa de familiaridade com a inteligência artificial. O contato com as ferramentas de IA é maior entre 14 e 18 anos, em que 93% têm algum conhecimento e apenas 7% não possuem. 

Mais de 80% desses jovens percebem o uso da IA em múltiplas aplicações, especialmente nas assistentes de voz dos smartphones, como Siri e Alexa (92%), e em pesquisas do Google (89%). 

Para 86% dos jovens, a IA pode ajudar em tarefas e atividades cotidianas, sejam nos estudos ou no trabalho. Apenas 12% discordam dessa visão, enquanto 2% não sabem ou não souberam responder.

Curiosamente, o significado da tecnologia não é tão coeso assim: 

  • 36% não sabem responder para que de fato ela serve, 
  • 13% dizem que o sentido é de tecnologia inteligente,
  • 12% acreditam que ela ajuda em estudos, pesquisa ou no trabalho.

Para que tarefas os jovens estão utilizando a inteligência artificial?

Tanta familiaridade faz da IA o “Google da nova geração”, por sua utilização em pesquisas e no auxílio a estudos e trabalhos. Isso porque 83% dos entrevistados admitem utilizar a ferramenta para fazer pesquisas gerais ou acadêmicas. 

Outros 71% acreditam que o recurso ajuda no dever de casa, em trabalhos e estudos para provas de escolas, das faculdades, universidades ou do ensino técnico.

  • 70% utilizam para traduzir textos, enquanto 67% optam por resumir ou corrigir publicações.
  • Dois terços (66%) utilizam a IA para gerar novas ideias para alguma atividade, outros 63% criam imagens e 62% usam para escrever novos textos. 
  • Por fim, 52% usam para preparar apresentações ou relatórios.

“É muito representativo que, pelo menos, metade dos entrevistados confirmem que usam IA de alguma forma. Sem dúvidas, a inteligência artificial é um agente facilitador das nossas demandas diárias e um aliado da eficiência e produtividade. São percepções claramente refletidas nesta pesquisa”, analisa Juan Carlos Moreno, Diretor da Demà.

7 em cada 10 entrevistados têm contato quase diário com IA

A percepção da IA se faz também no cotidiano da juventude. Sete em cada dez entrevistados têm contato quase diário com a tecnologia, enquanto outros 13% se envolvem com a ferramenta algumas vezes por semana e 3% têm alguma relação mensal. 

  • Por sua vez, 8% têm contato raro, e apenas 5% nunca utilizam a tecnologia – 2% não souberam ou não responderam.

Nessa estatística, chama a atenção a distinção por escolaridade. Enquanto 85% dos estudantes de nível superior têm contato quase diário com a IA, no ensino médio, essa relação cai para 71%, e no fundamental é de 57%.

“A IA veio para ficar e transformar as nossas jornadas, principalmente, as de aprendizado”, conclui Juan Carlos Moreno

 

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