Centro-Oeste e Nordeste são as regiões que possuem maior concentração de mulheres como donas dos empreendimentos (Matthew Leete/Getty Images)
Bússola
Publicado em 4 de abril de 2022 às 19h40.
Última atualização em 4 de abril de 2022 às 19h44.
O Brasil está entre os dez países com o maior número de mulheres empreendedoras, ocupando o sétimo lugar no mundo, segundo dados Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM). De acordo com uma pesquisa realizada pela vhsys, empresa de tecnologia que desenvolve sistema de gestão empresarial descomplicado para micro e pequenas empresas, realizada no início de 2022, com 822 pessoas, 39,9% disseram que atuam em empresas que têm mulheres como proprietárias delas.
Segundo o levantamento, apenas 33,2% dos negócios foram fundados por mulheres, enquanto 66,8% foram fundados por homens. O Centro-Oeste e o Nordeste são as regiões que possuem maior concentração de mulheres como donas dos empreendimentos, com 44,3% e 42,6%, respectivamente, seguidos por Sul (40,8%), Sudeste (37,5%) e Norte (35,8%).
Quando os respondentes foram questionados sobre o número de mulheres no quadro de colaboradores, 40,9% deles responderam que a presença feminina chega a até 10% na empresa e apenas 22,7% afirmaram que a presença delas ultrapassa a marca de 50%.
Além disso, 27,4% dos entrevistados disseram que sua empresa possui até 10% delas em cargos de liderança, 16,1% que possuem até 50% delas no quadro de gestores e, somente 17,6% das respondentes disseram que há mais de 50% de mulheres entre seus gestores. Já 28,3% afirmaram que não possuem mulheres em posições de liderança.
A pesquisa também apresentou números por setor. De acordo com dados do levantamento, o segmento do comércio é o que possui mais mulheres proprietárias de empresas, com 45,5%, seguido da indústria com 32,6% e por último serviços (31,9%). Também no setor de comércio, 20,3% das empresas respondentes possuem mais de 50% de liderança feminina. Em serviços, o percentual de negócios com mais de 50% de mulheres em cargos de gestão é de 15,1% e na indústria é de 10,9%.
Por fim, a pesquisa foi determinante quando buscou entender quais são, atualmente, os principais desafios enfrentados pelas mulheres no empreendedorismo. De forma ampla e aberta, os respondentes descreveram que o preconceito, machismo, jornada dupla/tripla, falta de respeito estão presentes no dia a dia das brasileiras no mercado de trabalho.
Quanto aos estudos separados por gêneros, o público masculino demonstra enxergar que preconceito, desigualdade de oportunidades/falta de oportunidade, machismo e as mesmas questões presentes nas jornadas de empreendedorismo dos homens estão entre os principais desafios para o avanço das mulheres. Já as mulheres listaram preconceito, sobrecarga/múltiplas jornadas (principalmente no que diz respeito a conciliar maternidade, tarefas domésticas e trabalho), falta de respeito e machismo.
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