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Mulheres no mercado financeiro: rompendo barreiras e moldando o futuro das finanças

Em artigo, fundadora da Melver, empresa de educação financeira, fala sobre igualdade de gênero e o futuro da mulher nos investimentos

Por séculos, o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e aos investimentos foi limitado (ArtistGNDphotography/Getty Images)

Por séculos, o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e aos investimentos foi limitado (ArtistGNDphotography/Getty Images)

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Publicado em 7 de novembro de 2023 às 08h00.

Por Jaqueline Bourscheidt Rossetti*

Vamos nos aventurar pelo intrigante mundo do mercado financeiro brasileiro? Em 2023, segundo dados recentes da B3, cerca de 5,6 milhões de investidores pessoa física mergulharam nesse universo, revelando a diversidade e o dinamismo desse cenário. É fascinante observar como pessoas de diferentes origens, conhecimentos e experiências se unem para explorar as oportunidades e os desafios oferecidos pelos investimentos. Contudo, temos ainda a possibilidade de expandir ainda mais essa riqueza de perspectivas, que cria um ambiente emocionante e multifacetado, já que menos de 25% dos investidores são mulheres.

Assim, diante de uma predominância masculina nesse ambiente, os dados econômicos globais também corroboram esse desequilíbrio. De acordo com o relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, em todo o mundo as mulheres têm menor acesso a recursos financeiros, menos oportunidades de emprego e frequentemente têm rendimentos inferiores aos dos homens que ocupam funções similares. Esses fatores contribuem para a diferença de riqueza e para a desigualdade econômica de gênero.

Mas, o que está por trás dessas estatísticas? Em grande parte, essa disparidade se deve a fatores históricos e culturais que moldaram a percepção das finanças como um campo predominantemente masculino. Por séculos, o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e aos investimentos foi limitado, sendo que essas restrições lançaram as bases para a desigualdade de gênero que persiste até pleno século XXI.

No entanto, também é importante reconhecer que os obstáculos à promoção da igualdade no mercado financeiro não são apenas uma questão do passado. A falta de acesso à educação financeira e o número reduzido de modelos femininos de sucesso no setor contribuem para a persistente disparidade. No mesmo relatório, a ONU afirma que equipes mais diversas tendem a tomar decisões mais equilibradas e a alcançar resultados financeiros superiores, o que mostra que a desigualdade de gênero no mercado financeiro também tem implicações econômicas substanciais.

Portanto, é necessário promover a inclusão e a igualdade de oportunidades. Isso envolve a criação de políticas que incentivem o acesso igualitário à educação financeira e a remoção de barreiras que limitam o envolvimento das mulheres no mercado. Além disso, é crucial desafiar os estereótipos de gênero que persistem no setor. As mulheres devem ser estimuladas a buscar carreiras no mercado financeiro para que, cada vez mais, possam ocupar posições de destaque. 

A força da mulher no mercado financeiro é uma tendência poderosa e positiva que está moldando o futuro das finanças. À medida que as mulheres continuam a trilhar seu caminho para o sucesso neste setor, todos nós nos beneficiamos com uma abordagem mais equilibrada, decisões financeiras mais informadas e uma sociedade mais igualitária. Na MELVER, estamos atentos a essa nova realidade e, ao oferecer cursos gratuitos para a formação de assessores de investimento, trabalhamos rumo à igualdade de gênero no mercado financeiro. Isso não apenas promove a justiça social, mas também representa um investimento no futuro da economia. 

*Jaqueline Bourscheidt Rossetti é cofundadora da MELVER

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