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Lorenzo Perales: o esporte feminino e a estratégia das marcas

O apoio a mulheres atletas em vários estágios profissionais de diversas modalidades reforça a importância do marketing inclusivo

Lorenzo Perales, diretor de marketing da Neoenergia (Neoenergia/Divulgação)

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Publicado em 25 de julho de 2024 às 14h40.

Última atualização em 25 de julho de 2024 às 14h51.

Por Lorenzo Perales, diretor de marketing da Neoenergia 

O Brasil vive atualmente um dos momentos mais marcantes da história do esporte feminino. Entre todos os atletas brasileiros já classificados para Paris 2024, 55% são mulheres. Este é um cenário promissor em diversos aspectos, seja em relação ao desenvolvimento das modalidades esportivas femininas, passando pelo empoderamento das mulheres na sociedade, ou ainda para marcas interessadas em investir em campanhas com foco em diversidade e igualdade de gênero.

Outra boa notícia para o país é a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de Futebol, em 2027 – conquista que traz pela primeira vez o torneio à América do Sul. Para se ter uma ideia do crescimento do evento, no ano passado, a transmissão do mundial de futebol feminino bateu recordes de audiência em emissoras de tevê. Temos aí uma janela de oportunidades para estimular ainda mais o esporte feminino no país e despertar e incentivar novos talentos para representar o país em competições mundiais.

E quando pensamos no conceito de inclusão, devemos refletir como o marketing pode ser uma ferramenta de transformação social capaz de impulsionar ainda mais o avanço do esporte feminino no Brasil. Nesse sentido, merecem a atenção das empresas os patrocínios às categorias de base, que proporcionam a oportunidade a jovens atletas desenvolverem habilidades essenciais para o desempenho de alto nível. 

É um novo modelo que exige coragem e, sobretudo, um olhar mais apurado das estratégias de comunicação, pois considerando o tempo de formação ou aprimoramento profissional de um atleta, os resultados surgem no médio ou longo prazo. Por isso, essa não deve ser uma estratégia imediatista. Ao contrário, precisa estar conectada a uma visão de futuro da marca para ajudar a construir uma sociedade mais plural e diversa. O marketing precisa incluir, engajar e alcançar pessoas de contextos e grupos sociais distintos. É uma dinâmica em que as marcas ganham relevância pela defesa de valores e propósitos atrelados a seus produtos e serviços.

E quando essa abordagem está inserida em setores complexos, regulados e essenciais, como o de energia, as circunstâncias são ainda mais desafiadoras. As estratégias de precisam ter um diferencial para serem percebidas como algo legítimo e com credibilidade pelo público. As marcas precisam ir além, colocando em prática ações efetivas com base em uma comunicação humanizada e ancorada em ferramentas inovadoras para fortalecer a relação com o cliente.

Há quase dois anos à frente do marketing da Neoenergia, uma das maiores empresas de energia do país, estou seguro de que nossas ações publicitárias estão comprometidas em acelerar a igualdade de gênero na sociedade. Com uma base de 16,4 milhões de clientes, e atingindo aproximadamente 38 milhões de brasileiros, a comunicação humanizada inclusiva se destacou, no nosso negócio, como uma ferramenta altamente estratégica.

Nosso envolvimento com o esporte feminino avança com a recém-anunciada parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB). A união dessas duas marcas tem base em pilares que colocam no lugar mais alto do pódio duas agendas prioritárias da sociedade contemporânea: a equidade de gênero e a sustentabilidade. Com o apoio ao esporte olímpico nacional, avançamos para beneficiar um número ainda maior de desportistas, com o apoio a atletas mulheres de diferentes modalidades olímpicas. Além disso, como parte da parceria, iremos implementar soluções energéticas para descarbonizar as instalações de treinamento do COB.

Ser a primeira companhia no Brasil, do setor de energia, a fazer um investimento robusto exclusivo no futebol feminino, estabelecendo um padrão para o patrocínio corporativo nesta área, também nos faz sentir parte de muitas conquistas. Com o patrocínio às seleções brasileiras femininas de futebol e ao campeonato nacional de clubes de futebol feminino, nos últimos anos, temos confiança da importância do nosso papel na escolha do Brasil como sede da próxima Copa do Mundo de Futebol Feminino. Sem contar a classificação de três atletas patrocinadas por nossa marca para Paris 2024, que é o melhor resultado dessa prática.

O apoio a mulheres atletas em vários estágios profissionais de diversas modalidades – desde jovens promessas a esportistas de alto rendimento – reforça a importância do marketing inclusivo. As marcas exercem um papel vital na conscientização das pessoas a respeito da necessidade de vivermos em um mundo mais diverso. O patrocínio ao esporte feminino, com investimentos dedicados ao alto rendimento e, principalmente, às atletas de base, é mais um caminho para a transformação dessa realidade.

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