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Jovens representam 17% dos alunos de moda e visam abrir grifes próprias

Dados da Escola de Moda Sigbol ainda mostram que os cursos mais procurados são de estilista, personal stylist e corte e costura

Peça de Lucas Leão: precursor da moda virtual no Brasil (Divulgação/Divulgação)

Peça de Lucas Leão: precursor da moda virtual no Brasil (Divulgação/Divulgação)

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Publicado em 29 de abril de 2022 às 14h00.

Última atualização em 29 de abril de 2022 às 15h12.

Por Bússola

Os jovens estão dominando o segmento têxtil. Segundo dados da Escola de Moda Sigbol, pessoas entre 19 e 25 anos já representam 17% dos alunos matriculados, enquanto aqueles com idades de 11 a 18 anos são 10%. E o que pode explicar isso é que eles querem desenvolver suas próprias grifes, uma tendência impulsionada pelo surgimento de cada vez mais influenciadores digitais lançando suas próprias marcas.

Este foi o caso de Priscila Silva, de 28 anos, estilista de São Bernardo do Campo que criou sua própria marca de slow fashion, isto é, roupas com mais qualidade, geralmente com preços mais elevados, que possuem maior durabilidade.

“Eu fiz meu primeiro curso de moda aos 16 anos, influenciada pela minha avó. Então comecei a desenhar algumas roupas e abri a minha primeira marca, a dona Genoveva”, declara Priscila. Ela foi se interessando pela moda sustentável e fundou a própria grife, que leva seu nome, e faz peças mais exclusivas e com propósito. Atualmente, a empresária também presta consultoria para a marca Vicunha.

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que apenas 9% dos adolescentes concluem o ensino médio com um diploma técnico, ou seja, que ensina a atuar no mercado de trabalho, enquanto na Alemanha esse número chega a 50%. Para o diretor da Escola de Moda Sigbol, Aluizio Freitas, os jovens brasileiros recebem pouco incentivo para trilharem uma trajetória no ensino técnico profissionalizante e no empreendedorismo a partir da capacitação profissional.

“Precisamos, primeiro, de incentivo para o desenvolvimento da indústria de manufatura no Brasil para atrair mais mão de obra — atualmente, apenas 15,9% dos alunos vão para esta área, de acordo com a OCDE. E em segundo lugar, seria necessário aumentar a oferta de cursos profissionalizantes dedicados ao segmento têxtil com mais acessibilidade para todos”, diz o especialista da OCDE.

Na Escola de Moda Sigbol, 83% dos jovens procuram os cursos de estilista, 64% em personal stylist e 52% buscam corte e costura.

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