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Integrando a Biosev, Raízen incorpora 10 mil funcionários e 9 unidades

Com o término deste processo, a marca Biosev deixa de existir e passa a ser substituída por Raízen em toda a operação

Comprometida com a agenda ESG, a Raízen tem um plano de expansão robusto (Raízen/Divulgação)

Comprometida com a agenda ESG, a Raízen tem um plano de expansão robusto (Raízen/Divulgação)

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Publicado em 18 de abril de 2022 às 16h42.

Última atualização em 19 de abril de 2022 às 12h19.

A Raízen, empresa de biocombustíveis e produtora de açúcar e etanol, concluiu neste mês o processo de integração da Biosev. Com o acordo de compra, que ocorreu em agosto de 2021, a empresa potencializou seus negócios, elevando o patamar do setor sucroenergético e, além disso, fortaleceu e ampliou seu modelo único e integrado de negócios.

A combinação com os ativos da Biosev foi um movimento estratégico para a Raízen, que conseguiu promover eficiência e sinergias operacionais, potencializando oportunidades nas biorrefinarias com tecnologia avançada e em linha com demandas ESG do mercado.

O grande desafio para a companhia foi incorporar, em menos de nove meses, cerca de dez mil funcionários que atuavam na operação das nove usinas da Biosev, sendo cinco no estado de São Paulo, três no Mato Grosso do Sul e uma em Minas Gerais.

Juntas, as novas unidades possuem cogeração de energia e capacidade de exportação de 1.316 GWh de energia elétrica. Com a chegada delas, a Raízen passou a contar com 35 parques de bioenergia, que totalizam uma capacidade total instalada de até 105 milhões de toneladas de cana em cerca de 1.3 milhão de hectares de área cultivada.

“A aquisição da Biosev consolidou a Raízen como uma companhia integrada de energia e parceira estratégica na oferta de soluções completas para seus clientes, prezando pela qualidade e sustentabilidade em toda sua cadeia de negócios”, declara Francis Queen, vice-presidente executivo da Raízen.

De acordo com ele, as unidades que vieram da Biosev estão localizadas em regiões estratégicas e, por isso, favorecem a expansão competitiva dos negócios da Raízen e permitiram a ampliação de mais 280 mil hectares de área plantada.

A partir de agora, a marca Biosev deixa de existir e todas as unidades passam a exibir identidade visual Raízen. “Os ativos de Biosev representam inúmeros ganhos de escala para a Raízen. Com essa sinergia foi possível otimizar custos operacionais, de gestão e de capital em todos os nossos processos”, afirma Queen.

Para que a integração fosse realizada nesse tempo, a Raízen criou um grupo de trabalho, de cerca de 200 pessoas, que passou a atuar diretamente no processo de revisão das estruturas, permitindo assim, aproveitar o melhor de cada uma das empresas.

Nesse período, realizou mais de 270 treinamentos focados em novos processos e sistemas. O time de operação dedicou oito mil horas de capacitação com a implementação de um novo programa de governança de permissão de serviços o que permitiu a padronização de processos e, consequentemente, a redução de acidentes.

“A Raízen é resultado de uma joint venture entre a Shell e a Cosan. Portanto, obviamente que, pela nossa própria expertise, todo processo de integração foi bem estruturado. Então, planejamos um processo completo, com grandes desafios de comunicação para auxiliar nesta gestão de mudança”, diz Queen.

Visão de futuro

Comprometida com a agenda ESG, a Raízen tem um plano de expansão robusto, que valoriza as fontes sustentáveis como uma resposta possível a uma necessidade global de mudanças efetivas no setor, como forma a mitigar os impactos provocados pelas mudanças climáticas. Esse esforço inclui o investimento contínuo em biocombustíveis, bioeletricidade e bioprodutos — com destaque para o biogás e o etanol de segunda geração (E2G), que são duas grandes apostas da companhia para o futuro.

“Para superar esse desafio, nós vamos precisar de uma equipe integrada. É por isso que concluir esse processo de integração com sucesso e de forma tão rápida é muito importante para nós”, declara o vice-presidente da Raízen.

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