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Influência não é o que você pensa e eu posso provar!

Maior especialista em influência digital no país lista, em artigo especial para a Bússola, cinco características que definem um verdadeiro influencer

Confira 5 coisas que definem (ou não) a verdadeira influência e como você pode detectá-las em seus futuros trabalhos (rikkyal/Getty Images)

Confira 5 coisas que definem (ou não) a verdadeira influência e como você pode detectá-las em seus futuros trabalhos (rikkyal/Getty Images)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 08h00.

Outro dia, em um desses cursos de inovação, ouvi o professor dizendo que "inovação é como sexo na adolescência: fala-se muito sobre, todo mundo acha que o outro está fazendo, mas, na verdade, ninguém está realmente fazendo". Eu me lembrei dessa piada porque acho que ela se aplica a muita coisa no mundo corporativo de hoje, inclusive ao tal do Marketing de Influência.

O crescimento desse mercado, estimado em 15 bilhões de dólares até 2022, de acordo com a Business Insider, é inegavelmente uma realidade. Hoje, todo mundo é influenciador, basta ter uma conta no Instagram, não é mesmo? E aparentemente a fórmula do marketing de influência já foi desvendada, afinal, é só enviar aquele kit de produtos ou pagar o cachê de acordo que o  influencer fala bem da gente e pronto (contém ironia). E o resultado? Bem, o resultado é que muitas vezes não existe resultado.

Muito disso se dá porque, ao não ter uma visão clara sobre o que de fato é a influência, acabamos comprando gato por lebre.

Como essa é minha coluna de estreia aqui na Bússola (olá!), pensei que seria importante começar do começo. Por isso, trago aqui 5 coisas que definem (ou não) a verdadeira influência e como você pode detectá-las em seus futuros trabalhos. Bora?

1 - Influência é consequência

Ninguém nasce influenciando e não basta colocar na bio do Instagram que é "Digital Influencer" para se tornar um. Influência é uma percepção que as pessoas que nos acompanham têm sobre a gente, ou seja, é algo que se constrói. Se a pessoa coloca na bio que ela é "Digital Influencer", muito provavelmente ela não é influencer e tampouco entende da lógica do digital.

2 - Influência é capital social

Para se tornar influente, é preciso acumular créditos de confiança e credibilidade com determinada audiência. E isso se constrói através da criação de conteúdo consistente, autêntico e verdadeiro. As métricas do capital social são: confiança e reciprocidade. Para haver reciprocidade, tem que haver conversa. Dê uma olhada na caixa de comentários do influenciador e perceba se ali há uma conversa real ou só comentários tipo "lindaaa!", "amei seu pijama", "me segue".

3 - Influência é engajamento

Hoje, as ondas de influência e referência partem com mais força de lugares descentralizados, não da mídia e personalidades que atingem grandes massas. A IPSOS já provou que ser famoso não é a mesma coisa que ser influente. Isso porque ser uma pessoa conhecida não te torna  reconhecida – dessas que se têm como líder ou autoridade sobre determinado assunto. Um nano influenciador chega a ter 6 vezes mais engajamento do que um influencer de massa.

4 - Influência é transformação

Nem todo conteúdo, informação ou conhecimento influenciam. Muitas vezes, apenas os colocamos em evidência para determinada audiência ou target. Antes do digital, a capacidade de informar e de formar opinião estava concentrada no mesmo lugar: nos veículos de massa. A lógica da rede separou essas duas coisas. E, hoje, falar com muitas pessoas ao mesmo tempo não pressupõe essa transformação no pensamento e ação que a verdadeira influência é capaz de gerar.

5 - Influência é relevância

Eu sempre digo que dinheiro compra alcance. Mas não compra relevância. E os melhores resultados do Marketing de Influência acontecem aí nesse lugar, onde os CPMs e CTRs a preços imbatíveis das plataformas digitais não chegam: no coração das pessoas. Os verdadeiros influenciadores chegaram lá e, se você souber como "pegar" essa relevância emprestada, o capital social do influenciador será também o seu. Não tem a ver com alcance, não tem a ver com clique no link, tem a ver com conexão.

Podemos encarar esses 5 pontos que eu trouxe aqui como, digamos, as preliminares para que você possa começar a falar menos e "fazer" mais influência. :)

*Cofundadora e CCO da YOUPIX, consultoria de negócios para a influence economy, Bia é a maior especialista em influência digital do país.

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