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Indústria de latas de alumínio para bebidas cresce pelo 5º ano seguido

Com um faturamento de R$ 18,3 bilhões e 33,4 bilhões de latas consumidas em 2021, o setor continua apostando no Brasil

Resiliência do setor comprova a preferência dos brasileiros pela latinha de alumínio como melhor embalagem para bebidas (Ball/Divulgação)

Resiliência do setor comprova a preferência dos brasileiros pela latinha de alumínio como melhor embalagem para bebidas (Ball/Divulgação)

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Publicado em 28 de março de 2022 às 14h20.

Desde que chegou ao Brasil, em 1989, a lata de alumínio caiu no gosto do consumidor brasileiro e, de lá pra cá, o aumento no consumo foi de mais de 80% em uma década (2011 a 2021), segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas). Mesmo com o segundo ano de pandemia de covid-19, o desempenho das latinhas de alumínio para bebidas no Brasil cresceu 5,2% na comparação com o ano anterior, registrando um faturamento de R$ 18,3 bilhões, com 33,4 bilhões de unidades consumidas no período.

O fato de continuar crescendo, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, comprova a resiliência do setor e a preferência dos brasileiros pela latinha de alumínio como a melhor embalagem para bebidas.

“Tivemos um ano de crescimento no mercado de cervejas e nas plataformas de delivery, justamente o produto e o canal de vendas em que a lata se destaca pela segurança, praticidade e conveniência,” explica o presidente executivo da Abralatas, Cátilo Cândido.

Com o crescimento no consumo, o setor atrai, cada vez mais, diferentes tipos de bebidas. Pela característica das latas envasarem qualquer tipo de bebida com segurança, hoje — no Brasil — existem mais de 20 diferentes tipos de bebidas vendidas nas latinhas.

Além da “tradicional” cerveja, refrigerante, energético e suco, observa-se o aumento da cachaça em lata, a chegada do vinho, da água, do suplemento, do café e dos RTDs — ready to drink — bebidas que trazem inovação otimizando a experiência e se destacando na preferência de uma nova geração de consumidores, pois permite desenvolver propostas que satisfaçam melhor seu estilo de vida, gostos e necessidades.

Segundo Cândido, o brasileiro gosta da latinha e tem suas preferências, quer cada vez mais variedade de bebidas, rótulos, tamanhos e formatos. Um exemplo disso é o crescimento das latinhas mais finas (sleeks e slims) que acompanhou o bom desempenho que o mercado das cervejas premium vem performando no Brasil.

“O setor está sempre atento e conectado, identificando os anseios dos clientes e consumidores. Nosso objetivo é oferecer novas soluções, inovações que podem ser incorporadas a principal qualidade desta embalagem, que é a mais sustentável do planeta”, declara o presidente da Associação.

Esta preferência vem acompanhada de pesados investimentos. Nos últimos três anos, foram cinco novas fábricas. Para este ano e 2023, são esperadas mais quatro novas fábricas no Brasil, além de expansões em quase metade das fábricas já existentes com novas linhas de produção. O total de investimentos é de US$ 1 bilhão até o próximo ano.

ESG: Setor campeão mundial em reciclagem

O Brasil é o 3º maior mercado mundial de latas de alumínio para bebidas, atrás somente da China e dos Estados Unidos. Mas o crescimento do setor na última década veio acompanhado de um fator que tem sido cada vez mais valorizado atualmente: a reciclagem.

O setor é pioneiro na economia circular e o Brasil, um dos poucos países que têm conseguido manter o patamar de reciclagem acima de 95%, mesmo com forte aumento no consumo. Com isso, o País figura à frente dos Estados Unidos, que recicla 59% das latas consumidas, e a Europa, com média de 67%.

O comprometimento do setor é tão sério, que foi assinado acordo com o Ministério do Meio Ambiente para aperfeiçoar, ainda mais, o modelo de reciclagem da embalagem. Além da criação de entidade com a finalidade exclusiva de cumprir esse Acordo: a Recicla Latas.

Com este pacto público, o setor se compromete a comprar 100% da sucata das latinhas disponível no Brasil, reciclar em larga escala, realizar campanhas de educação ambiental junto ao consumidor e capacitar gestores públicos e cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

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