Gás natural: segurança energética é vital para país em crescimento
Com população em alta, o Brasil precisa de investimentos contínuos para garantir o abastecimento energético de suas cidades
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Publicado em 12 de julho de 2023 às 21h00.
Por Marcelo Besteiro*
Manter o foco nos investimentos em infraestrutura é um dos grandes desafios em um país cuja população não para de crescer.De acordo com o Censo Demográfico 2022, divulgado na segunda quinzena de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do país chegou a 203,1 milhões em 2022, com aumento de 6,5% frente ao censo anterior, feito em 2010. Isso representa um acréscimo de 12,3 milhões de pessoas no período.
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Embora a taxa de crescimento anual da população do país tenha caído, uma conclusão interessante do IBGE é que uma parte expressiva do crescimento do país se deu no aumento da população em concentrações urbanas (como a capital paulista, núcleo de 37 municípios), correspondente a 9,2 milhões de pessoas.
Outro número interessante é que o Estado de São Paulo cresceu acima da média nacional: 7,65% de 2010 a 2022. Segundo o Censo, 44.420.459 pessoas moram no estado de São Paulo, um aumento de 3.158.260 habitantes, se comparado com o cenário de 13 anos atrás, quando eram 41.262.199. Isso representa 21,8% da população brasileira.
Todos esses números são oportunos para mostrar a importância estratégica de investimentos em segurança energética em São Paulo, maior centro de consumo de energia do país.
E o gás natural tem papel relevante para a harmonia do sistema energético do Brasil. Com a diminuição da participação das hidrelétricas na geração de energia e o surgimento de usinas a fio d'água com perfil sazonal pronunciado, principalmente na região Norte, surge uma necessidade crescente de outras possibilidades para suprir a demanda. Casos recentes, como a grave crise hídrica sofrida pelo país nos anos de 2020 e 2021, depois de outra ocorrida em 2014/2015, mostram que planejamento é tudo. Essas crises não foram as primeiras e certamente não serão as últimas.
Em infraestrutura, é preciso pensar com antecedência para que as obras de expansão e reforço possam surtir o efeito desejado mais adiante. O histórico recente mostra que o clima é instável e a dependência excessiva de uma única fonte pode prejudicar o desenvolvimento das cidades e a qualidade de vida das pessoas.
A Comgás
Temos trabalhado constantemente para levar o gás canalizado a cada vez mais clientes nos municípios da nossa área de concessão, situada não só na Região Metropolitana de São Paulo, mas na Baixada Santista, Vale do Paraíba e Campinas e Região. Em 2022, ano em que a companhia criada nos tempos do Império completou 150 anos, a Comgás conectou um número recorde de 150 mil clientes – 25% acima da média, comparado com o ano de 2021.
Em uma São Paulo que segue crescendo, concentrando boa parte do PIB industrial do país, nossa missão cotidiana tem sido trabalhar para garantir soluções diversificadas de fontes de suprimento. O potencial de crescimento da oferta de gás canalizado é imenso, não só pelo aumento da produção nacional, que deve duplicar até 2029, chegando a 257 milhões de metros cúbicos/dia, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, a EPE, mas também a chegada de outras fontes alternativas de energia, inclusive de biometano.
Metas e sustentabilidade
Um dos nossos compromissos é liderar a distribuição de gás de origem renovável no Brasil e estamos nos preparando para isso, com planos concretos para ampliar essa solução no mix de gás distribuído pela Comgás.
Também estamos impulsionando uma agenda importantíssima para a descarbonização do país, que é o uso de gás na matriz nacional de transportes, substituindo combustíveis mais poluentes. Um exemplo é a parceria com a MWM, para dar início ao movimento sustentável em sua própria frota com o primeiro caminhão da Comgás com motor movido 100% a gás natural veicular, que já começou a rodar na cidade de São Paulo. Outra parceria é com a Scania, que desde 2020 amplia o uso de gás natural e de biometano em seus veículos comerciais pesados.
O gás canalizado, inclusive na Europa, tem sido encarado como essencial para uma matriz cada vez mais sustentável. Trata-se não só de um recurso energético de transição, mas uma base segura e eficiente de abastecimento para amparar o crescimento de outras fontes.
Nosso compromisso, desde a criação da Comgás, tem sido construir as cidades do amanhã, com foco nas pessoas. Já abastecemos mais de 2,4 milhões de clientes nos segmentos industrial, comercial, residencial e automotivo, além de viabilizar projetos de cogeração e disponibilizar gás para usinas de termogeração.
E seguimos investindo em reforço da infraestrutura, para levar gás natural a cada vez mais pessoas e negócios – o nome disso, no médio e longo prazo, é segurança energética.
*Marcelo Besteiro é Diretor de Relações Institucionais, Regulatório, ESG e Comunicação da Comgás.
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