Faltam exatamente 4 meses: a Copa do ineditismo vem aí
Já é hora de dar o play no maior torneio de futebol do planeta e o maior evento esportivo do ano
Bússola
Publicado em 24 de julho de 2022 às 16h05.
Última atualização em 24 de julho de 2022 às 16h06.
Por Danilo Vicente*
Faltam quatro meses, exatamente 120 dias para o início da Copa do Mundo de futebol no Catar. Será a 22ª edição do torneio, em 2022.
Coincidência à parte, o maior evento esportivo do ano promete ser também a Copa do ineditismo. Já quer entrar no clima? Além da já sabida primeira Copa no fim de um ano (não mais no meio), trago dez curiosidades que pela primeira vez acontecerão no torneio.
Será a primeira vez que:
- Um Mundial masculino será apitado por uma árbitra.
- Uma edição acontecerá em um país árabe.
- Haverá um estádio totalmente desmontável, o Ras Abu Aboud. Ele foi construído com containers navais reciclados e será desmontado após o campeonato.
- Haverá uma cidade-sede construída do zero, Lusail, que receberá a partida final.
- Ocorrerá um deslocamento pequeno para os torcedores em todo o país, pois o Catar tem extensão de 11,571 km², quase metade do território de Sergipe (menor estado brasileiro). A Copa do Uruguai, em 1930, teve jogos em uma só cidade, Montevidéu, diferentemente do Catar, que terá em três cidades.
- Não poderá haver consumo de bebidas alcoólicas nos estádios. O país vai criar “bolhas” para consumo de álcool, como nas “fan zones”.
- Haverá quatro jogos por dia na fase de grupos, reduzindo o tempo de realização da Copa de 31 para 28 dias.
- Cada seleção poderá convocar 26 jogadores, não mais os 23 permitidos até a última edição.
- Todos os estádios terão ligação de metrô entre eles, com o mais longo durando cerca de três horas.
- Uma seleção, a da Dinamarca, fará um boicote comercial à Copa. Em vez de estampar patrocinadores, serão utilizadas frases a favor dos direitos humanos.
Estes são dez fatos curiosos e inéditos. Evidentemente, o mais sério deles é o boicote da Dinamarca, motivado por denúncias de desrespeito a regras de direitos humanos na construção dos estádios e pela proibição da homossexualidade no Catar.
“A DBU (Dansk Boldspil-Union, a federação de futebol dinamarquesa) há muito crítica fortemente a Copa do Mundo no Catar, mas agora estamos intensificando nossos esforços e um diálogo ainda mais crítico. Usaremos o fato de estarmos classificados para trabalhar por mais mudanças no país”, declarou o presidente da DBU, Jakob Jensen.
A delegação da Dinamarca que irá ao Catar será muito reduzida e se limitará aos jogadores e membros de comissão técnica. Segundo a federação, essa é uma mensagem de que o objetivo da viagem é apenas esportivo.
* Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação
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Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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