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Editor: Quero atletas e matemáticos que amam, choram e saem pra dançar

Diretora de Redação da Bússola traz um resumo do melhor conteúdo do portal para você aproveitar bem seu fim de semana

Está na hora de encarar uma verdade de frente: super-heróis não existem. (Teresa Barata/Reprodução)

Está na hora de encarar uma verdade de frente: super-heróis não existem. (Teresa Barata/Reprodução)

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Publicado em 31 de julho de 2021 às 08h00.

Por Ana Busch*

Esta semana tem nome. Aliás, nomes. Simone Biles. Rayssa Leal. Rebeca Andrade. Ítalo Ferreira, com seu choro olímpico ao relembrar suas origens. Mas vamos à questão. Está mais do que na hora de encarar uma verdade de frente: super-heróis não existem. O atleta de alta performance, o prêmio Nobel, o artista que recebe um Oscar, você mesmo.

Por trás dos óculos – ou das sapatilhas, ou da estatueta, ou do prêmio –, vive simplesmente Clark Kent, mas um que não veio de Krypton. E esse cidadão comum, jornalista, matemático, estudante, arquiteto, médico, o que quer que seja, precisa de cuidado, carinho, aconchego. E mais que tudo, tem que saber a hora de parar. Simone Biles esta semana deu o recado e ligou um alerta sobre saúde mental, e Rodrigo Pinotti traduziu na Bússola: não importa o quão determinado você seja, às vezes você trava. E está tudo bem.

Também está tudo bem se você se emocionou com a simplicidade da abertura dos Jogos de Tóquio. Em plena pandemia, que só no Brasil já matou mais de 555 mil pessoas, você deve estar numa bolha bacanona se esperava uma festa lacradora, como escreveu Rizzo Miranda. E viva Naomi Osaka, outra atleta que teve coragem de levantar a bandeira da saúde mental, e não é de hoje, acendendo a pira olímpica.

A semana

Para pensar sobre a pandemia, a Bússola entrevistou o médico indiano Suresh Kumar, que falou sobre a necessidade de quebrar barreiras sociais e morais para poder atender a todos com dignidade e sobre como os leigos podem colaborar enormemente com o sistema de saúde.

Por que temos que refletir sobre isso? Porque o quadro da pandemia melhora com a vacinação avançando aos trancos e barrancos, mas está longe de um fim. E precisamos manter firmes os protocolos sanitários e continuar no combate ao antivacinismo. Por sorte, ao menos em teoria, parece que os sommeliers de vacina perdem espaço. Pesquisa da CNI mostra que nove entre dez brasileiros tomariam qualquer marca de vacina, mesmo que um quarto deles tenham uma de preferência.

Ainda esta semana, Renato Krausz mostra que o ESG está novamente sob ataque. Um professor da Universidade de Nova York levanta a questão: o mundo estaria melhor sem ESG? Isso pouco tempo depois do ex-executivo da BlackRock Tariq Fancy ter desferido suas bordoadas contra a sigla.

E o Grupo FSB, que, em parceria com a Exame, lançou a plataforma Bússola, anunciou esta semana mais um passo na estratégia de se consolidar como o mais completo ecossistema de soluções de comunicação de mercado, ao incorporar a Agência Giusti Comunicação.

Sem pressão

Emprestei o título deste texto de um grupo de amigos de faculdade. Tomei partido de um dos lados, mas a discussão é longa e saudável. E, em tempos de covid, muito necessária.

(Bússola)

Vamos torcer, curtir e sorrir com os atletas, como tão bem escreveu Andrea Fernandes. Sente-se para andar de skate na telinha, se essa for a sua praia (e que ilustração linda de Toco Williams acompanha o texto de Cauê Madeira).

Descanse o corpo e cuide da mente. E mais que tudo, divirta-se. Porque o mundo que queremos não tem superpessoas. Tem atletas e matemáticos que amam, choram e saem para dançar, como dançaram Rayssa Leal durante a disputa de sua medalha olímpica e Rebeca Andrade com seu Baile de Favela.

Mas, por favor, sem pressão.

*Ana Busch é jornalista, diretora de Redação da Bússola e sócia da Tamb Conteúdo Estratégico

**Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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