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Como o Finance as a Service pode transformar a gestão das médias empresas

Contratar mão de obra própria ou consultorias acaba gerando custos altos e soluções inadequadas para o porte das empresas

Finance as a Service apoia as empresas de forma economicamente viável (Getty/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 15h20.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2023 às 15h47.

Da mesma forma que a venda de serviços por assinatura aconteceu no meio digital, do streaming ao pacote do Microsoft Office, o conceito se expandiu para o setor de serviços administrativo-financeiros. A solução atende, em especial, empresas de médio porte que não conseguem — nem precisam — ter em seus quadros profissionais de liderança capazes de executar todas as tarefas que cabem a diretores mais experientes. Empresas que adotaram soluções “as a service” perceberam que os modelos predominantes de contratar mão de obra ou consultorias são muitas vezes inadequados por serem caros para seu porte.

No caso de mão de obra própria, além do custo dos impostos sobre a folha, benefícios e reportes na estrutura administrativa, a empresa é obrigada a escolher um profissional ou um time com algumas expertises em detrimento de outras. Um exemplo comum: um head financeiro de uma empresa média pode ter uma forte expertise em controles financeiros, mas não tem track record em gerenciar bem uma tesouraria (principalmente em momentos mais difíceis). Em outros casos, é muito bom em gerenciar processos, mas não tem possui bagagem estratégica para apoiar o presidente da empresa no planejamento futuro ou em reportar a investidores e acionistas.

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Diretores financeiros que são fortes em várias competências normalmente custam muito mais que empresas médias conseguem pagar como despesa recorrente, e também exigem um staff robusto para suportá-los — até por isso, preferem melhores oportunidades em empresas grandes. Por outro lado, quando essas empresas optam por contratar uma consultoria para resolver suas deficiências, esta tende a oferecer uma boa solução pontual, sobretudo na construção de diagnósticos.  Porém, a equipe de consultores não acompanha de perto o dia a dia da empresa no longo prazo, o que dificulta a implementação do que foi desenhado. Além disso, no próprio diagnóstico o time interno da empresa tem que investir muito tempo para contextualizá-los, o que acaba sendo pouco eficiente em empresas com limitação de recursos.

O Finance as a Service (FAAS) se propõe a apoiar de forma recorrente e economicamente viável as empresas com frentes bem definidas. Por exemplo, a condução de uma discussão de performance mensal (resultado e projeção), a estruturação da reunião de conselho, o direcionamento de uma estratégia de gestão de caixa ou o fechamento contábil (para citar um exemplo mais transacional e menos estratégico). O leque de entregas do FAAS, como é comumente chamado, é amplo e é viabilizado por um time multifuncional, especialista nas diferentes competências, que atua em conjunto.

Com isso, empresas médias podem substituir ou complementar seu time interno, normalmente composto de profissionais que estão desde a origem da empresa, são de confiança dos donos, mas não dominam todas as competências técnicas e comportamentais exigidas no momento atual.

A Action é uma das empresas pioneiras nesse serviço, e enxerga que a adoção do Finance as a Service pelas empresas como um todo acontecerá de forma gradual, mas é um caminho sem volta em um ambiente corporativo cada vez mais competitivo, exigente e, ao mesmo, flexível a novos formatos de relação profissional.

*Eduardo Sandre é sócio-fundador da Action Consultoria

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