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Com cada vez mais pais e mães de pets, mercado continua a crescer em 2022

Fusões e aquisições fazem parte do setor que não para de crescer. Portanto, o momento de se organizar e aproveitar as oportunidades é agora

Do mercado pet, 90% são de pequenos e médios negócios espalhados pelo Brasil (Cris Faga/Getty Images)

Do mercado pet, 90% são de pequenos e médios negócios espalhados pelo Brasil (Cris Faga/Getty Images)

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Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 15h12.

Última atualização em 11 de janeiro de 2022 às 14h13.

Por Willian May e Diego Maurell*

Os “pais e mães de pet” estão cada dia mais comuns no Brasil e o setor não para de crescer. Em 2020, movimentou no mundo US$ 146 bilhões, sendo liderado pelos Estados Unidos com 40% (market share) desse mercado. Já o Brasil, que movimentou mais de R$ 40 bilhões no mesmo ano, tem a expectativa de fechar os balanços ainda de 2021 com um faturamento 22% maior. E as fusões e aquisições no setor acompanham esse crescimento.

Uma prova disso é a aquisição milionária da Zee.Dog pela Petz. E a alta pulverização do setor indica que não vai parar por aí. Apenas 10% desse mercado está nas mãos de grandes empresas. Os outros 90% são pequenos e médios negócios espalhados pelo Brasil. Hoje, nós somos um dos maiores países no mercado pet no mundo. No entanto, apenas a Petz (PETZ3) está registrada em bolsa. É um mercado muito pulverizado, com enorme espaço para consolidação, mas que ainda esbarra em muitos desafios.

Um deles é a alta informalização do mercado, que é formado em boa parte por empresas familiares. Para fechar um deal é necessário ter organização e profissionalização, o que muitas vezes não é a realidade das pequenas e médias empresas pet no país. Um fundo de investimento responde a diversos investidores, com compliance e governança, e dá preferência às empresas que estão bem estruturadas. Portanto, o momento de se organizar e aproveitar as oportunidades é agora.

Após a chegada da pandemia de covid-19, o crescimento do setor se acentuou. Segundo estimativa do Radar Pet, houve um aumento de 30% do total de animais de estimação no Brasil em 2021. Crescimento acentuado para um mercado que já vinha apresentando nos anos anteriores uma taxa média de crescimento superior a 20%. Com o isolamento social, as pessoas se sentiram mais solitárias e passaram a buscar ainda mais a companhia dos animais de estimação. Outro fator relevante foi o home office, que facilitou os cuidados em casa.

E a tendência é que esse movimento se intensifique nos próximos anos. Hoje, 50% do faturamento vem do pet food, mas outros nichos como saúde, reabilitação animal e outras tecnologias pet devem se desenvolver e passar a ser mais explorados. São quase 50 milhões de domicílios contendo um pet, que hoje é visto como um filho. Isso impacta todo o mercado, o consumo, a criação de novas tecnologias e soluções.

E não há limites para os serviços: há cachorros que frequentam escolinha, fisioterapia, tem plano de saúde, babá, acupuntura, passeador e até mesmo nutricionista. Nos EUA, TV para cachorros e gatos, como a Dog TV e a Cat Relax, já são uma realidade. Com tantas novidades e a demanda crescente, não é à toa que toda semana acontece um M&A no setor.

*Willian May é engenheiro de produção e sócio na L6 Capital Partners, e Diego Maurell, economista e sócio-fundador na L6 Capital Partners. A L6 Capital é uma butique de investimentos e consultoria independente focada em três áreas de serviço: assessoria em Fusões e ­­Aquisições (M&A), Crédito/Produtos Estruturados e Gestão Empresarial.

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