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Carlos Brito: A retomada da indústria dos sonhos

O governo brasileiro inseriu definitivamente o setor de viagens na agenda econômica do país, um movimento até então impensado

Brasil tornou os destinos mais preparados para oferecer aos turistas uma experiência completa (Christian Adams/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 08h57.

Por Carlos Brito*

Nesta terça-feira, 27, o mundo celebra o Dia Mundial do Turismo, e o tema escolhido para a comemoração deste ano é “Repensar o Turismo”, uma missão que o governo do Brasil assumiu nos últimos anos. Sendo o segundo maior sonho de consumo do brasileiro, a viagem fica atrás apenas da aquisição da sonhada casa própria. E é sabendo de todo o potencial do turismo, também chamada de indústria dos sonhos, que o governo brasileiro inseriu definitivamente o setor de viagens na agenda econômica do país. Um movimento até então impensado que resultou na resolução de gargalos históricos e avanços inéditos.

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Apesar de todas as conquistas e progressos, não ficamos imunes aos prejuízos sem precedentes que afetaram o turismo mundial durante a pandemia de covid-19. Mas, apesar de importantes, os danos não foram maiores graças a atuação rápida e certeira do governo federal que consistiu em um tripé de ações: manutenção dos empregos, relação com o consumidor e liberação de crédito para o setor.

Além disso, durante o período de paralisação das viagens, garantimos aportes históricos para obras de infraestrutura turística – R$ 1 bilhão – e para a qualificação do setor em todo o Brasil, já pensando na retomada das atividades. Dessa forma, além de evitar o desmonte do setor, tornamos os destinos mais preparados para oferecer aos turistas, brasileiros e estrangeiros, uma experiência turística completa, com atrativos acessíveis a todos os visitantes.

E o resultado de todo esse trabalho já é percebido nas movimentações nos meios de hospedagem, aeroportos e em pesquisas que acompanham o desenvolvimento de toda a cadeia turística. Vivemos uma retomada em crescimento exponencial e constante.

Apenas no primeiro semestre deste ano, nosso setor faturou R$ 94 bilhões, um crescimento de 33% em comparação ao mesmo período do ano passado.  O segmento aéreo também experimenta a recuperação com mais de 45,6 milhões de embarques realizados em 2022, contra 30 milhões computados no mesmo período de 2021, um crescimento impressionante de 52%.

Uma indústria limpa, sustentável, responsável pela criação de milhares de empregos, geração de renda e pela inclusão social nas comunidades onde se desenvolve. Nesse sentido, os números de recuperação também são incontestáveis. No mês de junho, dos 277.944 postos de trabalho criados no país com carteira assinada, 100 mil foram de segmentos ligados ao turismo.

Somente no primeiro semestre, houve um aumento de 42,3% de vagas na comparação com o mesmo período de 2021 e para o segundo semestre a previsão é de 62,5% de crescimento no setor de serviços, incluindo o turismo, o que representa 673 mil novas vagas. Somos uma indústria que quanto mais investimentos recebe, mais gera empregos. Isso porque no nosso setor, a força de trabalho humana geralmente não pode ser substituída por máquinas. A hospitalidade do garçom, da camareira, do guia de turismo são insubstituíveis.

Diante de um horizonte tão promissor, temos a confirmação de que estamos no caminho certo e de que as ações desenvolvidas por nossa gestão se mostraram assertivas. Nesse momento, mais do que recuperar as perdas registradas durante a pandemia, é preciso garantir condições de que nosso país se fortaleça na prateleira dos grandes destinos mundiais. É para isso que temos trabalhado em parceria com a Embratur, com a expectativa de chegarmos ao final deste ano com 4,2 milhões de turistas estrangeiros em solo brasileiro.

Temos o melhor produto do mundo, que se chama Brasil. Agora é investir em promoção, desburocratizar ainda mais o ambiente de negócios e atrair cada vez mais investidores para o nosso país. Nossas ações recentes têm esse foco e não tenho dúvida que os resultados não tardarão a aparecer. O turismo é a bola da vez e será decisivo na geração de riquezas para o nosso país.

*Carlos Brito é ministro do Turismo do Brasil

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