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Alon Feuerwerker: É preciso combater antivacinismo para proteger população

Ainda não se sabe definitivamente quanto da população vacinada é preciso para atingir a imunidade coletiva; pois fatos recentes trazem dúvidas

Uruguai e Chile são exemplo de sucesso na contenção de casos. (Eduardo Frazão/Exame)

Uruguai e Chile são exemplo de sucesso na contenção de casos. (Eduardo Frazão/Exame)

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Publicado em 28 de julho de 2021 às 21h07.

Por Alon Feuerwerker*

Será útil quando os estudos puderem concluir definitivamente quanto mesmo de população vacinada é requerido para atingir a imunidade coletiva capaz de proteger da covid-19 o conjunto de uma comunidade. E seria interessante também saber esse número para cada vacina. A hipótese preliminar amplamente divulgada era que giraria em torno de 60%. Mas fatos recentes trazem algumas dúvidas.

Em Israel, por exemplo, 64% dos vacinados tomaram uma dose das duas requeridas e 59% estão plenamente vacinados. A vacina ali é praticamente toda da Pfizer. E o país, que lá atrás foi apontado como exemplo de vacinação, assiste a um aparente início de escalada de contágios e casos graves. Hospitais estão reabrindo alas para tratar pacientes de covid-19.

Nos Estados Unidos, que só aplicam vacinas produzidas ali mesmo, 57% tomaram uma dose das duas requeridas e 49% estão plenamente vacinadas. E a curva de casos também retomou a alta. Junto, vem o debate sobre medidas restritivas e obrigatoriedade de se vacinar.

Pelo visto, os governos terão de combater mais resolutamente o antivacinismo para proteger suas populações. Aqui pela vizinhança, Uruguai e Chile, com mais de 70% de vacinados com uma das duas doses requeridas e mais de 60% plenamente vacinados são, por enquanto, um sucesso na contenção dos casos.

*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação

**Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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