(Priscila Zambotto/Getty Images)
Mariana Martucci
Publicado em 5 de novembro de 2020 às 19h42.
Última atualização em 5 de novembro de 2020 às 20h26.
Enquanto estamos entretidos com o “vai não vai” das eleições americanas, nossos problemas permanecem estacionados aguardando solução. Uma delas é alguém dizer concretamente, e de modo factível, como o governo vai cumprir o teto de gastos constitucional em 2021.
O buraco primário em 2020 ficará em mais ou menos dez vezes o previsto no orçamento federal, por causa dos gastos com a pandemia. Eles evitaram uma catástrofe econômica mas deixam um problema: como recolocar o gênio dentro da garrafa assim de repente?
Agora um estudo acrescenta algo novo. Por causa do descasamento entre o índice previsto de correção das despesas e a taxa real de inflação, só por causa disso, o governo precisará cortar uns 20 bilhões de reais do orçamento. Que aliás aguarda a solução da pendenga entre o presidente da Câmara e o Centrão.
Em matéria de tecnologia para rolar problemas com a barriga, as exóticas apurações da eleição nos Estados Unidos não dão nem para o começo se confrontadas com o know-how desenvolvido por aqui no quesito de deixar as coisas para depois.
*Analista político da FSB Comunicação
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