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A análise de dados como aliada do setor de saúde

O trabalho da área de Health Analytics pode possibilitar prevenção melhorada, diagnósticos mais completos e tratamentos personalizados

Com o uso investigativo de dados é possível gerar maior bem-estar populacional (Louis GENOT, Joshua Howat BERGER/AFP)

Com o uso investigativo de dados é possível gerar maior bem-estar populacional (Louis GENOT, Joshua Howat BERGER/AFP)

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Publicado em 4 de agosto de 2023 às 14h00.

Por Gustavo Campana*

Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades, segundo define a Organização Mundial de Saúde (OMS). De fato, o “estar saudável” engloba um conjunto amplo e variável de fatores, que serão influenciados pelas condições sociais, econômicas e pessoais de cada indivíduo. Ainda assim, a adoção de hábitos como alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos vai influenciar diretamente no bem-estar e na prevenção de doenças.

Um aliado nesse cenário, que vem mudando a realidade de muitos, é o chamado Health Analytics. A área consiste na coleta, armazenamento e uso de dados de saúde do paciente ao longo de sua biografia. São informações como doenças pré-existentes, idade, exames adequados, acompanhamento médico etc. Com isso, é possível, por exemplo, indicar procedimentos necessários de prevenção e diagnóstico, caso a pessoa tenha predisposição a alguma enfermidade ou complicação, entre outros benefícios.

O uso de dados no futuro da medicina

Na medicina moderna, a prevenção e a busca por diagnósticos precoces são temas imperativos, já que em estágios iniciais, as chances de cura e de tratamentos menos agressivos e invasivos são, em geral, maiores. O uso de dados populacionais já é um grande aliado para políticas públicas. Bons exemplos são, por exemplo, a identificação de regiões com grande número de crianças e baixa vacinação. Ou algum local com grande incidência de alguma doença infectocontagiosa. É a partir dessas informações que agentes podem elaborar soluções.

E esse modus operandi também está cada vez mais presente na medicina privada. Na Alliança, empresa diagnóstica presente em todo o país, o setor de Health Analytics é uma das prioridades e vem recebendo investimentos para aperfeiçoar ainda mais sua relação com o usuário. Apenas no primeiro trimestre deste ano, atingimos cerca de 1 milhão de pacientes, dentro de nossa base de dados. São pessoas com doenças crônicas que precisam de acompanhamento constante, mas que não estavam seguindo o tratamento, ou indivíduos com exames de rotina atrasados, e todos foram avisados da necessidade e importância de realizá-los.

Outro aspecto importante do setor de Health Analytics é a possibilidade do cruzamento de informações para que se chegue a uma visão ainda mais completa sobre aquele paciente. Por exemplo: uma pessoa obesa que more em um local com pouca acessibilidade pode não estar completando seus exames de rotina por dificuldade de locomoção. Ou não está conseguindo praticar exercício pelo mesmo motivo. Os números nos mostram muito além daquilo que está no prontuário: é um quadro completo, que mostra os desafios que o mundo tem pela frente.

Particularidades do território nacional

Uma das vantagens de nossa política de Health Analytics é também a capilaridade da empresa no país: estamos presentes em todas as regiões e temos um sistema de coleta de informações único e integrado. Isso não só facilita a vida do paciente que queira, por exemplo, ser atendido em algum posto diferente da sua rotina, mas também nos dá uma visão muito mais conectada com a diversidade de nosso imenso país. O que vem nos guiando para direcionar as campanhas de acordo com as particularidades de cada parte do Brasil, respeitando e entendendo as diferenças culturais e socioeconômicas presentes.

A tecnologia é uma importante aliada para a saúde como um todo e também em nossas políticas de cuidado, qualidade e bem-estar, prioridades na empresa. Garantir a conscientização sobre esse tema e estimular a criação de políticas voltadas ao bem-estar da população é primordial para os próximos anos. Novos processos como uso de dados contribuem para uma melhor gestão da saúde, garantindo não apenas a sustentabilidade do setor, mas também promovendo um impacto positivo direto na qualidade de vida dos pacientes.

*Gustavo Campana é vice-presidente Médico da Alliança

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