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5G impacta o setor de games e traz gamificação mais leva para a educação

Brasil possui 2,1 dispositivos digitais por habitantes, somando mais de 440 milhões em todo país, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas

Brasileiro usa o smartphone por cerca de 5,4 horas diariamente (ED JONES/AFP/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 14h19.

Já faz algum tempo que temos discutido sobre as vantagens do uso do 5G para toda a sociedade, mas apenas no último mês, quando ele chegou oficialmente ao Brasil, pudemos ter um panorama mais completo do que de fato vai mudar com a sua ativação.

De acordo com informações do estudo realizado na Europa pela Accenture, empresa de consultoria global, a tecnologia deve resultar em um crescimento de mais de 2 trilhões de euros em vendas nos próximos três anos, além de adicionar 1 trilhão de euros ao PIB (Produto Interno Bruto), enquanto nos EUA esse valor deve alcançar incríveis US$ 2,7 trilhões, acrescentando US$ 1,5 trilhão ao PIB, podendo gerar 16 milhões de oportunidades de emprego em todos os segmentos.

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Ainda não temos dados tão consolidados como esses em relação ao Brasil, visto que o 5G é novidade por aqui, mas, olhando para esses números, dá para imaginar o impacto positivo que ele deve ter na nossa economia também.

É fato que muitos setores poderão se beneficiar com a sua utilização, mas existem alguns que devem ser afetados mais intensamente, como é o caso do segmento de jogos. As melhorias que a tecnologia trará no quesito velocidade de downloads e baixa latência, o tempo que leva entre o acionamento de um comando, sua transmissão e execução final, serão vantajosas em todas as trocas, mas, especialmente para aqueles que jogam online por meio dos smartphones, farão uma diferença ainda maior.

Quanto mais baixo esse valor, melhor ele é. Atualmente, com a rede 4G, a latência é de 80 microssegundos – no 5G, diminui para 1 e 5 microssegundos. Não é o tipo de mudança que conseguimos perceber facilmente, mas alterará significativamente o tempo de resposta dos comandos realizados.

Atualmente, o Brasil possui cerca de 2,1 dispositivos digitais por habitantes, somando mais de 440 milhões em todo país, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas. Em 2021, o brasileiro usou o smartphone por cerca de 5.4 horas diariamente. Isso nos dá uma pequena dimensão da importância que damos a esses aparelhos no nosso dia a dia. Outro levantamento divulgado pela Pesquisa Game Brasil (PGB) aponta que cerca de 74,5% da população brasileira joga games e, dentre eles, 48,3% jogam pelo celular.

Também pudemos observar nos últimos anos um forte movimento das instituições de ensino e empresas com universidades corporativas de utilizar jogos e estratégias de gamificação para tornar o processo de aprendizado e a realização de atividades educacionais mais leves, divertidos, engajantes e interativos. Nesse sentido, a chegada do 5G também deve favorecer o setor da educação ao trazer mais agilidade e rapidez para a rotina dos estudantes – que também usam os celulares com frequência para estudar.

Outro ponto significativo é a melhora do acesso nas regiões mais carentes do país, como o meio rural: onde tínhamos até hoje apenas sinal de 3G e uma conexão lenta e inferior, teremos um grande avanço, permitindo que os usuários ampliem seu conhecimento com mais facilidade e sem precisar da internet fixa.

Pode parecer uma mudança pequena e sem importância, mas, para esses jogadores e alunos, transformará bastante suas experiências com os games e também suas funcionalidades, ajudando a popularizar ainda mais essa atividade e os apps de jogos. E isso também abrirá novas oportunidades para as empresas, que terão mais um incentivo para investir nos games como um caminho para qualificar seus colaboradores e atrair e conquistar os consumidores.

*Samir Iásbeck é CEO e Fundador do Qranio

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