Banco busca investir na recuperação de florestas e nascentes em 3,5 milhões de hectares de todos os biomas brasileiros. (Bússola/Reprodução)
Bússola
Publicado em 11 de novembro de 2021 às 16h24.
Por Renato Krausz*
1) O que você apresentou na COP 26 e qual sua expectativa da conferência?
Pedro Guimarães: Mostramos muita coisa que o banco tem feito e o impacto que estamos causando. Apresentamos o maior programa de preservação do Brasil, o Caixa Florestas, por meio do qual vamos destinar R$ 150 milhões anualmente do lucro do banco para investimentos socioambientais.
A ideia é investir na recuperação de florestas e nascentes em 3,5 milhões de hectares de todos os biomas brasileiros, na Amazônia, no Pantanal, no Cerrado, na Caatinga, nos Pampas e na Mata Atlântica. Vamos plantar dez milhões de árvores em cinco anos e apoiar as comunidades locais. O programa foi lançado em maio último e já tem três grandes projetos em curso, dois em Minas Gerais e um no Tocantins. Juntos, eles somam R$ 17,9 milhões de investimento, 954 mil beneficiários, 612 mil árvores plantadas e 2.160 nascentes recuperadas.
Mas não adianta só plantar, é preciso ir além, por isso lançamos um programa de microcrédito com potencial de chegar a cem milhões de brasileiros, para que possam se integrar economicamente no desenvolvimento sustentável. E estamos financiando centenas de milhares de casas, inclusive em comunidades indígenas e quilombolas, para mitigar o problema de ocupações que acabam promovendo o desmatamento.
Levamos à COP também o programa Selo Azul + Caixa, que foi revitalizado em 2019. É um instrumento de classificação ESG que criamos para empreendimentos habitacionais que adotem soluções eficientes para construir, ocupar e manter as edificações. Ele leva em conta qualidade urbana, eficiência energética, produção sustentável, gestão eficiente da água, desenvolvimento social e inovação. A Caixa hoje financia cerca de 5% das habitações de classe alta no país, 35% das de classe média e 100% das populares.
E temos ainda atuação em diversas ações que trazem benefícios diretos ao meio ambiente. São mais de 1.700 projetos de agricultura sustentável, mais de 2.800 de drenagem, 344 de coleta e tratamento de esgoto e tantos outros envolvendo geração de energia, recuperação de encostas, destinação de resíduos e outras atividades que somam investimentos de R$ 64,4 bilhões.
2) Como promover com rapidez a inclusão bancária num país com o tamanho e as particularidades do Brasil?
É um desafio enorme, que está sendo realizado pela Caixa. Nós bancarizamos 38 milhões de brasileiros. O banco hoje possui 109 milhões de contas digitais. Temos duas agências-barcos, que atendem populações ribeirinhas na Amazônia: a Agência-barco Ilha do Marajó e a Agência-Barco Chico Mendes. Elas são autossuficientes para navegar até 30 dias seguidos e promovem não apenas a inclusão bancária, mas também ações de saúde, educação, proteção ambiental e cidadania. E estamos abrindo 268 novas agências no país.
3) E como enfrentar os desafios de governança num banco como a Caixa?
Eles são proporcionais ao tamanho do banco e estamos indo muito bem. Tanto é assim que temos recebido cada vez mais reconhecimento externo por isso. Este ano a Caixa obteve a maior nota entre as instituições financeiras no Índice de Governança e Gestão Pública do TCU. A Fitch Ratings elevou o rating de Qualidade de Gestão de Investimento da Caixa para Excelente e também elevou de dois para 4+ o nosso rating de ESG Social. Somos o único banco brasileiro com essa nota. A Brand Finance nos deu a melhor nota, um AAA, entre os bancos no quesito força da marca. E nos considerou pelo segundo ano consecutivo a terceira marca mais valiosa do país. No ano passado recebemos também diversos reconhecimentos, como o Prêmio Morningstar, com cinco estrelas em Gestão de Ativos, e o primeiro lugar na categoria Inovação da CGU, entre outros.
*Renato Krausz é sócio-diretor da Loures Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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