Marta del Castillo, CEO global da plataforma South Summit (Divulgação/Divulgação)
Bússola
Publicado em 17 de março de 2022 às 10h32.
Por Renato Krausz*
1) Como está a missão do South Summit em atrair empreendedores que encontrem soluções para o mundo atingir mais rapidamente o net zero em carbono?
Marta del Castillo: O South Summit quer contribuir com o net zero em todas as suas ações. Como empresa, assinamos um compromisso de atingir emissões líquidas zero até 2030 em todas as nossas operações e, desde 2021, nos certificamos de que nossos eventos sejam sustentáveis. Obtivemos a certificação “Um Festival Verde”, que é o reconhecimento verde para eventos em nível mundial.
Mas, o South Summit também usa suas reuniões para motivar outros atores do ecossistema a se envolverem com o futuro ambiental. Nosso conteúdo tem como objetivo inspirar toda a comunidade empresarial com os melhores e mais inovadores exemplos de sustentabilidade e soluções para a mudança climática. Além disso, somos promotores do “Net Zero Pledge”, de modo que todas as startups e corporações em nosso ecossistema assinem um compromisso para reduzir suas emissões.
Estamos à procura das startups mais inovadoras, que também estão na mira de grandes investidores e corporações em razão de sua capacidade em criar soluções empresariais que impactam a sustentabilidade. Além disso, um dos cinco prêmios de toda a competição é para a iniciativa mais sustentável. Esta é uma grande oportunidade para destacar as startups que estão contribuindo para os negócios com foco no impacto ambiental.
2) Quais são suas expectativas para seu primeiro evento no Brasil, em maio?
Marta del Castillo: Nossa principal expectativa é que o South Summit se torne o ponto de encontro do ecossistema de empreendedorismo e inovação no Brasil e na América Latina. E que, acima de tudo, por meio do trabalho em rede, gere oportunidades reais de negócios para todos os participantes.
Embora seja uma primeira reunião de lançamento, queremos alcançar três mil participantes físicos, representando todos os atores do ecossistema (startups, corporações, investidores, instituições e polos de inovação), atrair mais de 200 palestrantes líderes da América Latina e do ecossistema Global, selecionar 50 startups finalistas que são um exemplo global de ruptura e talento, e atrair investidores e fundos com uma carteira de investimentos de mais de US$ 35 bilhões. Esperamos ao menos 45 fundos de investimento presentes no evento.
3) Como a inovação se relaciona com cada letra do ESG?
Marta del Castillo: Tecnologia e inovação têm que ser ferramentas a serviço da humanidade e fornecer os meios para que a mudança aconteça e para construir o futuro que queremos. Portanto, elas têm que estar a serviço do ESG: propondo formas de resolver o desafio ambiental, e especialmente a mudança climática, facilitando a inclusão social e os direitos humanos, e propondo formas de governança e organização que promovam as boas práticas e o desenvolvimento.
As startups têm a oportunidade, por meio da inovação, de propor novas formas de fazer negócios, que resolvam os maiores desafios sociais e ambientais, não só porque é a coisa certa a fazer, mas porque é um bom negócio.
*Renato Krausz é sócio-diretor da Loures Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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