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3 perguntas de ESG para João Miranda, da Hash

CEO da fintech fala do compromisso de neutralizar carbono e das iniciativas para promover a diversidade na empresa

(Wanezza Soares/Divulgação)

Mariana Martucci

Publicado em 8 de abril de 2021 às 08h30.

1. Bússola: Como uma fintech pode adotar a agenda ESG?

João Miranda: O primeiro passo é começar as mudanças dentro de casa e entender quais atitudes podem ser melhoradas. Na Hash, toda sugestão é levada em consideração e discutida com todos os funcionários.

Desenvolvemos, em parceria com a ZCO2, um projeto para neutralizar nossas emissões de carbono de 2020, e não somente da Hash, mas também de todos os funcionários, em sua rotina pessoal.

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Zeramos as emissões nos três escopos definidos pelo GreenHouse Gases (GHG) Protocol, que é o padrão mundial de quantificação.

Ao todo, neutralizamos 363 toneladas de carbono por meio da compra de Certificados de Energia Renovável (CERs) e de créditos para manutenção de florestas.

Também criamos soluções para que nosso time esteja cada vez mais confortável e saudável. Com a chegada da pandemia, passamos a oferecer auxílio terapia para que todos se sentissem amparados diante da nova realidade.

Outra prioridade é incentivar a diversidade e a inclusão dentro e fora da empresa. No último ano, aumentamos consideravelmente o número de mulheres na equipe e criamos o Programa de Amadrinhamento, para acolher as candidatas no processo seletivo. Além disso, estamos implantando um comitê interno de diversidade, em parceria com a consultoria Transcendemos.

2. Bússola: Por parte de investidores e clientes da Hash há uma preocupação crescente com iniciativas neste sentido?

João Miranda: Temos observado diversas empresas e instituições elaborando soluções e propondo iniciativas sustentáveis, com impacto positivo no mercado de trabalho e na sociedade como um todo.

Na Hash, foi uma discussão que surgiu naturalmente e que tem sido desenvolvida de acordo com a cultura da empresa. Vemos isso como um ponto bastante positivo para o mercado também, com a possibilidade de clientes, parceiros e outras fintechs se inspirarem para desenvolver políticas de ESG dentro de suas respectivas realidades

Afinal, estamos falando de projetos que agregam valor e discutem pautas cada vez mais relevantes no mercado de trabalho, sobretudo no ecossistema de inovação.

3. Bússola: Quais oportunidades de novos negócios essas ações socioambientais podem abrir para a Hash no futuro?

João Miranda: São muitas. Quando adotamos iniciativas sustentáveis que contribuam para o meio ambiente e promovemos ações concretas para tornar o dia a dia da empresa mais justo e agradável, estamos agregando valor ao nosso modelo de negócio e impactando positivamente o mercado de trabalho.

Isso reflete diretamente na relação que temos com nossos parceiros e com potenciais clientes e investidores. Esses projetos podem nos abrir portas para outros mercados e possibilitar parcerias com empresas e instituições diretamente ligadas à sustentabilidade, ao meio ambiente e à diversidade.

Queremos que a Hash seja referência não só no mercado de meios de pagamento, mas também pelas oportunidades que promovemos. Sabemos que o caminho é longo e que nem sempre será fácil, mas temos consciência do nosso papel e da importância de debater e incentivar novas políticas dentro do universo de ESG.

* Renato Krausz é sócio-Diretor da Loures Comunicação

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