Brasil

Zanin afirma que não irá julgar processos em que atuou como advogado

Zanin destacou que a "imparcialidade é estruturante da própria Justiça" e que sistema de Justiça funciona em razão da sua credibilidade

Zanin: Em relação a impedimentos futuros, ele disse que terá que analisar o conteúdo dos processos e partes envolvidas para decidir (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Zanin: Em relação a impedimentos futuros, ele disse que terá que analisar o conteúdo dos processos e partes envolvidas para decidir (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 21 de junho de 2023 às 13h45.

O advogado indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin prometeu em sua sabatina no Senado que irá se declarar impedido nos processos em que tenha atuado como advogado - o que inclui ações da Lava Jato em que defendeu Lula.

Zanin destacou que a "imparcialidade é estruturante da própria Justiça" e que sistema de Justiça funciona em razão da sua credibilidade. "Todas as medidas que eu puder adotar para assegurar a credibilidade do sistema de justiça, eu adotarei".

Em relação a impedimentos futuros, ele disse que terá que analisar o conteúdo dos processos e partes envolvidas para decidir. "Há regras sobre impedimento e suspeição, e as cumprirei na integralidade", assegurou.

STF não tem papel de legislar

O advogado também reforçou que "não cabe ao magistrado criar o direito, o direito tem que ser criado pelo Congresso Nacional". Mais cedo, ele já disse que o STF não tem o papel de legislar. O tema é caro aos senadores bolsonaristas, que temem que a Corte julgue temas relacionados à chamada "pauta dos costumes".

"Juiz não deve combater nada, tem o dever de julgar. Combate é atribuição de outras carreiras", reforçou.

Acompanhe tudo sobre:Cristiano ZaninSupremo Tribunal Federal (STF)Senado

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais