Weintraub: o MEC anunciado o contingenciamento de 3,4% do orçamento total da universidade federais (José Cruz/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 14 de maio de 2019 às 15h22.
Última atualização em 14 de maio de 2019 às 15h31.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a dizer hoje (15) que a aprovação da reforma da Previdência resultaria na recuperação da economia do país e poderia evitar que os recursos das universidades federais permaneçam contingenciados. Nos últimos dias, foi anunciado o contingenciamento de 3,4% do orçamento total da universidade federais.
"A partir de setembro elas [as universidades federais] teriam que cortar mesmo se não for descontingenciado. Então, a grita que está tendo é que em setembro pode faltar o recurso se não for descontingenciado. Daqui até lá, acho que vai ser aprovada a nova Previdência, a economia vai recuperar. Não ficamos parados, estamos buscando soluções e peço para as universidades buscarem também eficiência", disse, em café da manhã com jornalistas.
Questionado se o Ministério da Educação está livre de novo bloqueio de recursos, caso o governo federal anuncie mais cortes de gastos do orçamento, Abraham Weintraub disse que vai conversar sobre o assunto com o ministro da Fazenda, Paulo Guedes. "Hoje vou falar com o Paulo Guedes, vou perguntar especificamente sobre isso e vou ter uma resposta", disse. Diante da insistência sobre não ter a garantia de que a pasta estaria livre de novo contingenciamento, disse que "a única certeza na vida é a morte e os impostos".
No último dia 9, o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que o governo pode anunciar novo contingenciamento com a possibilidade de redução na projeção de crescimento do país.
O ministro defendeu o fortalecimento da educação básica. Para ele, nos últimos anos o ensino superior foi priorizado no repasse de recursos. "A evolução do gasto total com a educação em relação ao PIB [Produto Interno Bruto] aumentou. Como? Com educação superior, principalmente nas universidades federais. Hoje o Brasil já gasta 7% do PIB com educação, vemos que foi um aumento nas universidades federais. Na educação básica, ficou de lado, o ensino profissional ficou largado e os demais gastos, que são repasses, também aumentaram pouco", disse.
Weintraub avalia que é preciso dar atenção especial também ao ensino técnico. "O Brasil tem uma demanda muito grande pelo ensino técnico e não estamos atendendo".