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VW critica falta de competitividade do Brasil

"A competitividade não é suficiente para exportar e dependemos do mercado doméstico", disse o executivo no seminário sobre o Inovar-Auto


	Schmall reafirmou que os investimentos da Volkswagen no Brasil serão de R$ 8,7 bilhões até 2016, quando termina a implantação do Inovar-Auto
 (Fabian Bimmer/Reuters)

Schmall reafirmou que os investimentos da Volkswagen no Brasil serão de R$ 8,7 bilhões até 2016, quando termina a implantação do Inovar-Auto (Fabian Bimmer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 16h22.

São Bernardo do Campo, SP - O presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, criticou nesta quarta-feira, 24, a falta de competitividade do País, que, segundo ele, prejudica as exportações em vários setores, entre eles o automotivo.

"A competitividade não é suficiente para exportar e dependemos do mercado doméstico", disse o executivo no seminário sobre o Inovar-Auto, em São Bernardo do Campo (SP).

Schmall comparou o Brasil com a China, com taxas de investimentos de, respectivamente, 19% e 51% sobre o Produto Interno Bruto (PIB), para justificar o desafio brasileiro de ampliar a competitividade do país.

"A China tem 48% de seu investimento total destinado à melhoria de produtividade", disse. O executivo destacou, no entanto, o mercado interno, com o aumento no consumo e lembrou que 40% dos brasileiros ainda não têm renda para comprar um veículo. "Por isso o Brasil é atrativo para as montadoras. O potencial aqui é imenso".

Shcmall citou números que apontam que o crescimento da fatia dos modelos de entrada, os mais simples, de veículos, atingirá 19,8% do total de novos no início da próxima década, ante 11,6% atualmente. Esse crescimento, segundo ele, se dará justamente por conta do potencial de consumo desses futuros clientes.

Schmall reafirmou que os investimentos da Volkswagen no Brasil serão de R$ 8,7 bilhões até 2016, quando termina a implantação do Inovar-Auto, dois terços em novos produtos e um terço em capacidade produtiva.

"Temos muito interesse de crescer junto com Brasil, pois as perspectivas são positivas. O crescimento não será linear, sempre teremos ajustes no mundo e no Brasil será a mesma coisa. Mas no médio e longo prazo o mercado vai crescer", concluiu.

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