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Vitória para Dilma: Picciani segue líder do PMDB na Câmara

Parlamentar precisa diminuir a rachadura que o PMDB apresenta na Câmara para levar apoio às propostas de ajuste fiscal de Dilma, como a volta da CPMF

Líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, votou a favor do projeto que permite terceirização nas empresas (Divulgação/Câmara dos Deputados)

Raphael Martins

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 16h50.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 15h51.

São Paulo – O deputado Leonardo Picciani, do Rio de Janeiro, foi reconduzido hoje (17) à liderança do PMDB na Câmara dos Deputados .

O parlamentar de 36 anos era o candidato alinhado ao Planalto e concorria contra Hugo Motta, oponente apoiado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha . Foram 37 votos para Picciani, 30 para Motta e duas abstenções.

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O objetivo do líder nesse "novo mandato" é tentar diminuir a rachadura que o PMDB apresenta na Câmara para levar apoio às propostas de ajuste fiscal da presidente Dilma Rousseff , como a volta da CPMF .

Picciani está em seu terceiro mandato como deputado federal. Assumiu a liderança do partido no início desta legislatura, em 2015. O parlamentar chegou a ser afastado do cargo em 9 de dezembro por um abaixo assinado de parlamentares do PMDB pró- impeachment , articulado por Cunha, mas voltou uma semana depois, após nova coleta de assinaturas da bancada.

Nesse período também foi vice-Líder do Bloco PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN.

O contraditório é marca de Picciani nesse mandato. Com o racha no Rio de Janeiro entre PMDB e PT, durante a campanha presidencial, o deputado apoiou Aécio Neves (PSDB). Na eleição para a presidência da Câmara, manteve-se ao lado de Cunha, contra o governista Arlindo Chinaglia ( PT ).

Picciani passou a assumir um caráter pró-governo em julho quando houve a cisão entre Dilma e Cunha, ato que desgradou parte da bancada na Câmara. De lá para cá, tornou-se o homem do Planalto na Casa.

Sua eleição, portanto, é uma vitória para Dilma. Além de ajudar a articular as propostas governistas no plenário, com Picciani, Dilma deve contar com uma lista favorável do partido para a formação da Comissão Especial que analisa seu pedido de impeachment.

Eleito pela primeira vez em 2002, com 22 anos, Picciani já foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) em 2007 e relator da CPI da Pirataria, em 2003. Só saiu da câmara para três períodos como Secretário de Estado de Habitação do Rio de Janeiro.

Natural de Nilópolis, é formado em Direito pela UCAM, filho de Jorge Picciani e irmão de Rafael Picciani, ambos deputados estaduais pelo Rio.

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