O encontro entre Dilma e Obama deve ser no dia 9 de abril (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 19h56.
São Paulo - O governo brasileiro quer aproveitar a visita oficial da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, de 9 a 11 de abril, para realizar um seminário com especialistas e agentes de governo e um fórum de executivos dos dois países em Washington, informou o Itamaraty nesta sexta-feira.
A programação da visita, que retribuiu aquela feita pelo presidente dos EUA, Barack Obama, ao Brasil em março de 2011, foi discutida nesta sexta-feira entre o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, e o sub-secretário de Estado norte-americano, William Burns.
O Brasil propõe um seminário com quatro painéis sobre Educação, Comércio e Investimento, Energia e Tecnologia e Inovação, informou a jornalistas o porta-voz do Itamaraty, embaixador Tovar Nunes.
Segundo ele, o evento seria aberto pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, por Patriota e pelos ministros Aloizio Mercadante (Educação), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia) e Fernando Pimentel (Indústria e Comércio). De acordo com o porta-voz, Dilma iria discursar no encerramento do evento.
Já o fórum de executivos, segundo o Itamaraty, seria nos moldes do organizado em Brasília durante a visita de Obama, no ano passado.
Nunes afirmou ainda, ao final da reunião entre Patriota e Burns, que a presidente quer focar a viagem no tema da Educação, energia e Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável que o Brasil sediará em junho.
O encontro entre Dilma e Obama deve ser no dia 9 de abril, mas ainda depende de confirmação da Casa Branca. Nos demais dias, além dos eventos paralelos, Dilma deve visitar instituições de ensino como a Universidade Harvard ou o MIT. Segundo o Itamaraty, mais de uma dezena de instituições fizeram convites à presidente.
Embraer
Durante a conversa com Patriota, Burns citou a decisão da Força Aérea dos Estados Unidos de suspender uma licitação vencida pela Embraer para compra de aeronaves militares.
Segundo o relato de Nunes, Burns afirmou que "as portas não estão fechadas para a Embraer" no processo -deixando claro que a empresa pode voltar a participar da nova licitação.
"Ele não falou em rever (a decisão). Falou em manter abertas as portas para a possibilidade. Não deu indicações. Nada está decidido", afirmou o porta-voz.
Na quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota em que dizia que o governo brasileiro recebeu com "surpresa" a notícia do cancelamento da licitação e que o "desdobramento não contribui para o aprofundamento das relações entre os dois países em matéria de defesa".