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Violência no Rio é tema de encontro entre Maia e Moraes

ÀS SETE - A principal discussão entre o presidente da Câmara e o ministro da Justiça é um inacreditável pedido feito pela defensoria pública do estado

Rio de Janeiro: o episódio também marca a influência crescente que o presidente da Câmara tenta ter na vida política do estado

Rio de Janeiro: o episódio também marca a influência crescente que o presidente da Câmara tenta ter na vida política do estado

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 06h38.

Última atualização em 3 de outubro de 2017 às 07h37.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está cada dia mais próximo da política de seu estado. Hoje, ele se encontra com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para discutir os problemas de segurança no Rio de Janeiro.

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A principal pauta é um inacreditável pedido feito pela defensoria pública do estado, que defende que alguns dos chefes do crime organizado voltem às penitenciárias do estado depois de um período de dois anos em presídios federais.

A medida traria de volta ao Rio traficantes como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar; Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP; e Antônio Bonfim Lopes, o Nem, um dos responsáveis pelos conflitos recentes na Rocinha.

Eles haviam sido enviados para outros estados para ficarem isolados de suas facções e não poderem enviar ordens aos comandados, mas, como se viu pelos episódios das últimas semanas, o plano não funcionou.

Como o pedido da defensoria vai ser decidido pelo Supremo, Maia vai tentar explicar seu ponto de vista ao ministro. “Vou fazer um apelo ao ministro Alexandre para que ele avalie com cuidado, porque, se atendido, o pedido da Defensoria Pública pode gerar uma instabilidade ainda maior no estado. Vou dizer a ele que esse pedido não faz nenhum sentido”, disse Maia na última semana.

O episódio também marca a influência crescente que o presidente da Câmara tenta ter na vida política do estado. Na última semana, durante os confrontos entre traficantes na Rocinha, ele pediu a demissão do secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, mas não foi atendido pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Maia, que foi candidato a prefeito do Rio em 2012 e fez menos de 3% dos votos, deve trabalhar como cabo do pai, César Maia, ex-prefeito e provável candidato do Democratas a governador no próximo ano.

Mas sua própria carreira não está decidida para 2018. Entre as opções estão desde uma tentativa remota de candidatura à presidência da República à permanência como deputado. Fato é que, depois de sair do ostracismo para a presidência da Câmara, Maia quer ampliar ainda mais o poder político que caiu em seu colo.

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