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Vice dos EUA visita Brasil para reforçar relações

Joe Biden deverá se reunir com líderes políticos e empresariais, enquanto Washington se prepara para receber uma visita da presidente Dilma Rousseff

Joe Biden após se encontrar com o presidente colombiano Juan Manuel Santos: visita ao Brasil é parte de uma viagem de uma semana pela América do Sul e Caribe (John Vizcaino/Reuters)

Joe Biden após se encontrar com o presidente colombiano Juan Manuel Santos: visita ao Brasil é parte de uma viagem de uma semana pela América do Sul e Caribe (John Vizcaino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 10h00.

Rio de Janeiro - O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, iniciou nesta quarta-feira uma visita de três dias ao Brasil, onde vai se reunir com líderes políticos e empresariais, enquanto Washington se prepara para receber uma visita de Estado da presidente Dilma Rousseff.

A visita ao Brasil é parte de uma viagem de uma semana pela América do Sul e Caribe, e ocorre num momento em que a economia brasileira começa lentamente a se recuperar dos dois anos de marasmo que se seguiram a quase uma década de sólido crescimento.

Após divergências envolvendo comércio, política para o Oriente Médio e outros assuntos durante os governos de seus antecessores, Dilma e o presidente dos EUA, Barack Obama, forjaram nos últimos anos um estreitamento das relações diplomáticas, o que resulta também em uma maior relação comercial entre as duas maiores economias das Américas.

Dilma, no entanto, continua sendo crítica à política monetária norte-americana, que ela considera prejudicial à economia brasileira, por fortalecer o real e tornar os produtos nacionais mais caros no exterior.

Mas os dois países têm progredido em áreas comerciais como agricultura, energia, aviação e tecnologia espacial.

Nas últimas semanas, dirigentes de grandes empresas dos dois países vêm pressionando os respectivos governos para que se empenhem mais na definição de pequenos acordos que possam, ao longo do tempo, contribuir para um progresso geral nos negócios bilaterais.


"Todos estão procurando os tijolos para tornar os países mais próximos", disse uma autoridade dos EUA que pediu anonimato. "Isso é indicativo de como as pessoas estão tentando dar uma maior estrutura ao nosso comércio e investimento."

Proximidade

O fortalecimento das relações entre os dois países é salientado pela visita oficial de Estado que Dilma deve fazer aos EUA em outubro, algo inédito em duas décadas. Embora a presidente já tenha tido compromissos oficiais nos Estados Unidos, a visita de Estado irá durar mais e envolver uma maior aproximação diplomática.

A visita de Biden começou pelo Rio, onde ele discursará na hora do almoço a autoridades locais e a executivos empresariais, antes de conhecer uma unidade de pesquisas da Petrobras. Na quinta-feira, ele visita uma favela carioca antes de embarcar para Brasília, onde na sexta-feira se reúne com Dilma e com seu vice, Michel Temer.

Entre as muitas questões bilaterais pendentes estão as discussões para abrandar exigências de vistos para viagens, discordâncias sobre barreiras comerciais e uma ofensiva de empresas dos EUA para a proteção dos direitos de propriedade intelectual no mercado brasileiro, onde há grande pirataria tecnológica.

Enquanto isso, Washington pressiona o Brasil a escolher a norte-americana Boeing para a compra de caças militares. O Brasil, por sua vez, anseia pelo apoio norte-americano na cobiçada vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Após uma visita de Obama ao Brasil em março de 2011, a Casa Branca disse reconhecer as ambições brasileiras na ONU, mas sem fazer uma declaração explícita de apoio.

Nesta semana, Biden já esteve na Colômbia e em Trinidad e Tobago.

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