Vice de Bolsonaro, Mourão aposta em vitória com placar de 60% a 40%
General Hamilton Mourão (PRTB) também defendeu que a reforma da Previdência seja uma prioridade do próximo governo
Reuters
Publicado em 28 de outubro de 2018 às 13h22.
O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), apostou neste domingo em uma vitória do capitão da reserva do Exército sobre o adversário Fernando Haddad (PT) por um placar de 60 a 40 por cento dos votos válidos, e defendeu que a reforma da Previdência seja uma prioridade do próximo governo.
"Eu acho que vai dar 60 a 40", disse o candidato a vice, em entrevista logo após votar em uma escola localizada no Setor Militar Urbano de Brasília, acrescentando estar confiante na vitória e animado com o resultado.
Bolsonaro chega à eleição deste domingo como favorito para subir a rampa do Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2019, enquanto Haddad tenta uma virada difícil, que seria feito inédito em eleições presidenciais no Brasil.
O capitão da reserva foi o mais votado no último dia 7, com 46 por cento dos votos válidos, enquanto Haddad somou 29 por cento. De acordo com pesquisas Ibope e Datafolha, divulgadas no sábado, o capitão da reserva do Exército deverá confirmar neste domingo a liderança mostrada há três semanas nas urnas.
Segundo o Ibope, Bolsonaro chega ao dia da eleição com 54 por cento dos votos válidos, enquanto Haddad soma 46 por cento. No levantamento anterior do instituto, divulgado na terça-feira, Bolsonaro aparecia com 57 por cento dos votos válidos, enquanto Haddad tinha 43 por cento.
Questionado na entrevista neste domingo sobre qual será a prioridade de um eventual governo Bolsonaro, Mourão disse que a reforma da Previdência é "fundamental", e defendeu que se trabalhe pela aprovação do projeto apresentado pelo governo do presidente Michel Temer, que já se encontra em tramitação no Congresso.
"Minha avaliação é que o que está no Congresso hoje já seria um grande passo... mais para frente a gente consegue reajustar de uma forma melhor", afirmou, acrescentando que o próximo governo terá uma breve "lua de mel" com os parlamentares logo após a eleição. "A lua de mel tem que ser aproveitada para pregar pregos."