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Vereadores do Rio querem CPI para investigar deputado

Decisão de propor a CPI surgiu depois de denúncias de que Rodrigo Bethlem recebia mesada de ONG enquanto era secretário municipal


	Rodrigo Bethlem: deputado teria recebido mesada de ONG enquanto estava à frente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio
 (Divulgação via Flickr)

Rodrigo Bethlem: deputado teria recebido mesada de ONG enquanto estava à frente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio (Divulgação via Flickr)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 13h34.

Rio de Janeiro - Oito vereadores apresentam, na tarde de hoje (5), ao plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro a proposta de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a atuação do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), quando esteve à frente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, entre 2010 e 2012. A afirmação foi feita pelo vereador Paulo Pinheiro (PSOL).

A decisão de propor a CPI surgiu depois de denúncias feitas pela ex-mulher do parlamentar, Vanessa Felippe, de que Bethlem recebia uma mesada da organização não governamental (ONG) Casa Espírita Tesloo, enquanto era secretário municipal. A ONG tinha contratos com a Secretaria.

“Uma das funções das casas legislativas é fiscalizar o trabalho do Poder Executivo. Diante desse quadro todo que está se apresentando, em que o próprio prefeito pediu que sua controladoria instaurasse uma tomada de contas para avaliar isso, é absolutamente necessária a instalação de uma CPI. Para apurar justamente como foram gastos os recursos dessas secretarias diante dessas denúncias. Queremos convencer nossos colegas vereadores que ainda não estão convencidos, de que é importante averiguar”, disse Pinheiro.

Para a criação da CPI é preciso coletar mais nove assinaturas, além das oito que já há. A pedido do Ministério Público Estadual, a juíza Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, da 3ª Vara de Fazenda Pública, determinou o bloqueio de bens de Bethlem, de sua ex-mulher e do dirigente da ONG na época Sérgio Pereira de Magalhães Junior.

Bethlem negou as denúncias. Mas, diante da situação, desistiu de concorrer à reeleição à Câmara dos Deputados para cuidar da família e preparar sua defesa.

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