O que o mundo está falando sobre o impeachment de Dilma
Publicações de outros países criticam a "bagunça" da sessão de ontem e comentam a situação política da presidente
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2016 às 13h57.
São Paulo - A sessão de ontem da comissão especial que analisava o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi notícia em vários meios de comunicação internacionais.
Além do resultado da votação, que deu prosseguimento ao processo de impedimento, as publicações destacaram a confusão entre os parlamentares e a situação complexa em que o PT e a chefe do Executivo se encontram.
O pedido de impeachment deve ser votado no próximo fim de semana pelo Plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovado, segue para o Senado.
Veja a seguir trechos do que a mídia internacional andou falando sobre o Brasil:
The Guardian
O jornal britânico afirma que a disputa política no Brasil pode ter mais reviravoltas nos próximos seis dias que a série "House of Cards", da Netflix.
Enfatizando a discussão dos parlamentares, o jornalista diz: "Depois de um mal-educado e, por vezes, caótico debate, os membros da comissão decidiram, por 27 contra 38 votos, prosseguir com o pedido de remover a líder do Partido dos Trabalhadores de seu gabinete por "estourar" as contas do governo antes da eleição de 2014."
The New York Times
A publicação americana investiu um parágrafo para explicar o que a bancada pró-governo define como "golpe" para tirar a presidente do poder.
Segundo o New York Times, a oposição à presidente é incapaz de buscar seu afastamento por corrupção e por isso tem tentado impedí-la com acusações de manipulação orçamentária, envolvendo o uso de fundos de bancos estatais para cobrir rombos nas contas.
O jornal ainda faz um parêntese: "Dilma é uma das raras figuras políticas no Brasil que não enfrenta acusações de enriquecimento pessoal ilícito"
Clarín
De forma quase bem-humorada, o argentino Clarín desaprovou o comportamento dos parlamentares brasileiros.
Para o veículo, os deputados só não chegaram a agressões físicas, pois havia TVs transmitindo o evento ao vivo. Ele conclui: "Mas a imagem que deixaram à sociedade brasileira não foi, precisamente, impecável".
O jornal destaca ainda que Michel Temer tem agora, aos 75 anos, sua última chance de ser presidente, mesmo com uma popularidade tão baixa.
El País
Para a publicação espanhola, apesar do resultado da votação de ontem já ser esperado, a diferença de 11 votos mostrou que o governo e seus aliados estão em uma situação pior do que imaginavam.
Apesar de dizer que ainda não há um resultado certo da votação em plenário que deve acontecer no fim de semana, o El País termina seu texto dizendo que a presidente Dilma "dá mais um passo para um abismo político".
São Paulo - A sessão de ontem da comissão especial que analisava o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi notícia em vários meios de comunicação internacionais.
Além do resultado da votação, que deu prosseguimento ao processo de impedimento, as publicações destacaram a confusão entre os parlamentares e a situação complexa em que o PT e a chefe do Executivo se encontram.
O pedido de impeachment deve ser votado no próximo fim de semana pelo Plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovado, segue para o Senado.
Veja a seguir trechos do que a mídia internacional andou falando sobre o Brasil:
The Guardian
O jornal britânico afirma que a disputa política no Brasil pode ter mais reviravoltas nos próximos seis dias que a série "House of Cards", da Netflix.
Enfatizando a discussão dos parlamentares, o jornalista diz: "Depois de um mal-educado e, por vezes, caótico debate, os membros da comissão decidiram, por 27 contra 38 votos, prosseguir com o pedido de remover a líder do Partido dos Trabalhadores de seu gabinete por "estourar" as contas do governo antes da eleição de 2014."
The New York Times
A publicação americana investiu um parágrafo para explicar o que a bancada pró-governo define como "golpe" para tirar a presidente do poder.
Segundo o New York Times, a oposição à presidente é incapaz de buscar seu afastamento por corrupção e por isso tem tentado impedí-la com acusações de manipulação orçamentária, envolvendo o uso de fundos de bancos estatais para cobrir rombos nas contas.
O jornal ainda faz um parêntese: "Dilma é uma das raras figuras políticas no Brasil que não enfrenta acusações de enriquecimento pessoal ilícito"
Clarín
De forma quase bem-humorada, o argentino Clarín desaprovou o comportamento dos parlamentares brasileiros.
Para o veículo, os deputados só não chegaram a agressões físicas, pois havia TVs transmitindo o evento ao vivo. Ele conclui: "Mas a imagem que deixaram à sociedade brasileira não foi, precisamente, impecável".
O jornal destaca ainda que Michel Temer tem agora, aos 75 anos, sua última chance de ser presidente, mesmo com uma popularidade tão baixa.
El País
Para a publicação espanhola, apesar do resultado da votação de ontem já ser esperado, a diferença de 11 votos mostrou que o governo e seus aliados estão em uma situação pior do que imaginavam.
Apesar de dizer que ainda não há um resultado certo da votação em plenário que deve acontecer no fim de semana, o El País termina seu texto dizendo que a presidente Dilma "dá mais um passo para um abismo político".