Varíola dos macacos: o principal sintoma da doença é identificado pela ocorrência de lesões na pele (Smith Collection/Gado/Getty Images)
Da redação, com agências
Publicado em 5 de agosto de 2022 às 17h53.
Última atualização em 5 de agosto de 2022 às 18h44.
O Ministério da Saúde confirmou no dia 29 de julho a primeira morte por varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil. O óbito foi registrado em Minas Gerais. Segundo a pasta, o paciente era um homem de 41 anos e já tratava outras doenças, incluindo um câncer, o que ocasionou o agravamento do seu quadro de saúde.
De acordo com especialistas, as chances da doença causar morte é baixa, se comparado com a covid-19, por exemplo, que é mais letal. Os grupos mais vulneráveis são aqueles com algum tipo de comprometimento do sistema imunológico, com transplantados e pessoas em tratamento de câncer.
O Brasil já confirmou quase 2 mil casos da varíola. Quando os casos confirmados de coronavírus chegaram ao mesmo patamar de contaminados, no começo de 2020, o número de vítimas passava de 30.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
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Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool em gel.
Existem três vacinas que foram utilizadas contra a varíola humana podem ser utilizadas para proteger contra a varíola dos macacos. alguns países, como os Estados Unidos, já estão comprando e aplicando os imunizantes.
De acordo com o Ministério da Saúde, as primeiras doses da vacina contra a varíola dos macacos destinadas ao Brasil deverão chegar entre o fim de agosto e o começo de setembro. Cerca de 20 mil doses desembarcarão nesta primeira remessa e 30 mil, em outubro. Apenas profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes serão vacinados. O esquema de vacinação será feito em duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.
O Ministério da Saúde anunciou que vai comprar o tecovirimat para os casos de varíola dos macacos (monkeypox). Esse é um medicamento antiviral desenvolvido para o tratamento da varíola, ainda sem registro ou venda no Brasil. Ele interfere em uma proteína encontrada na superfície do vírus, o que diminui o ritmo de sua replicação. O resultado é a duração da infecção por um menor período de tempo. No primeiro momento, o remédio será apenas para os casos mais graves.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
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