Varíola dos macacos: a OMS registrou mais de 250 infecções confirmadas e suspeitas de varíola (Centro de Controle de Doenças/Divulgação)
Da redação, com agências
Publicado em 30 de maio de 2022 às 12h39.
Última atualização em 30 de maio de 2022 às 13h24.
O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira, 30, que monitora dois casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil. Um dos casos que está em investigação é no Ceará e o outro é em Santa Catarina. Um terceiro, que pode ser suspeito, também foi relatado no Rio Grande do Sul. Por enquanto, nenhum caso foi confirmado no país.
De acordo com o governo federal, os pacientes do Ceará e de Santa Catarina estão isolados e em recuperação, com constante monitoramento das equipes médicas e de vigilância em saúde. "A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial", diz a pasta.
No caso do outro paciente gaúcho, ainda está sendo feita uma análise para identificar se ele é suspeito. "A reavaliação está sendo feita de acordo com os critérios de definição. Até o momento, não há confirmação do rumor como caso suspeito", informou o Ministério da Saúde.
Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola. Febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções na pele (lesões) que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés. Geralmente, a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas, embora casos graves já tenham sido relatados.
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Não existem tratamentos específicos ou vacinas contra a varíola dos macacos, mas a OMS ressalta que a vacina para a varíola tradicional, que foi erradicada com a campanha de imunização em 1980, é até 85% eficaz para prevenir casos da versão que se espalha hoje.
A OMS registrou mais de 250 infecções confirmadas e suspeitas de varíola, com uma disseminação geográfica incomum para a doença que é endêmica em partes da África Ocidental e Central, mas rara em outros lugares. A maioria dos casos está na Europa, mas também há diagnósticos nos EUA, Canadá, Israel e Austrália. Na América Latina, há um caso suspeito que foi detectado na Argentina e está sob investigação.
(Com Agência O Globo)
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