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"Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema", diz Bolsonaro

Na sexta-feira, Bolsonaro indicou o nome do general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras

Presidente Jair Bolsonaro. (Adriano Machado/Reuters)

Presidente Jair Bolsonaro. (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2021 às 09h49.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2021 às 09h56.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que vai "meter o dedo na energia elétrica" e prometeu mais mudanças na próxima semana, um dia depois de ter anunciado a troca de presidência na Petrobras.

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"Assim como eu dizia que queriam me derrubar na pandemia pela economia fechando tudo, agora resolveram me atacar na energia", disse Bolsonaro a apoiadores em Brasília. "Vamos meter o dedo na energia elétrica que é outro problema também."

Na sexta-feira, Bolsonaro usou sua conta no Facebook para divulgar uma nota assinada pelo Ministério de Minas e Energia indicando o nome do general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras após o encerramento do mandato do atual CEO da companhia, Roberto Castello Branco.

"Semana que vem deve ter mais mudança aí... E mudança comigo não é de bagrinho não, é tubarão", afirmou o presidente.

Mais cedo, durante evento em escola militar em Campinas (SP), o presidente já havia antecipado que na próxima semana deve vir uma nova substituição de autoridade.

Aos apoiadores em Brasília, Bolsonaro disse ainda que "parecia um exorcismo" quando anunciou que não prorrogaria o mandato de Castello Branco. Ao reafirmar que não estaria interferindo na Petrobras, disse que "estavam abusando" nos aumentos de preços dos combustíveis.

"Compromisso zero com o Brasil. Nunca ajudaram em nada... não é aumentando o preço de acordo com o petróleo lá fora ou o dólar aqui dentro, é mais do que isso. A preocupação é ganhar dinheiro em cima do povo", afirmou, acrescentando que não se justificaria um reajuste de 32% do óleo diesel neste ano.

"Se não me engano o reajuste do diesel no ano está em 32%. Não justifica, não justifica. Vou interferir? Não vou interferir, mas não justifica, disse."

"Ninguém esperava essa covardia desse reajuste agora", acrescentou, sobre a alta mais recente na sexta-feira, de 15% sobre o diesel.

"Ninguém quer interferir, nem está interferindo na Petrobras, mas eles estão abusando", disse.

Bolsonaro argumentou que a Petrobras é uma empresa mista, "se cair ou subir as ações, o mercado decide".

No pregão da bolsa na sexta-feira, antes mesmo do anúncio da troca do comando da Petrobras, as ações PN da estatal desabaram 6,6%, enquanto os papéis ON perderam 7,9%.

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