Jérôme Valcke: "Foi um momento muito triste, aconteceu um incidente, mas não houve uma revolução. Do jeito que você pergunta, parece que houve uma revolução. Nunca tive a ideia de que isso pudesse colocar em risco a Copa" (FIFA via Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2014 às 14h45.
Rio de Janeiro - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, minimizou nesta sexta-feira a preocupação com a segurança no Brasil durante a disputa da Copa do Mundo. Assim, adotou um tom diferente ao do diretor de marketing da entidade, Thierry Weil, que reconheceu na última quinta-feira que os episódios violentos no País têm preocupado a entidade e os patrocinadores do evento.
"Foi um momento muito triste, aconteceu um incidente, mas não houve uma revolução. Do jeito que você pergunta, parece que houve uma revolução. Nunca tive a ideia de que isso pudesse colocar em risco a Copa", disse Valcke, no Rio, no encerramento de mais uma semana de visitas ao País para vistoriar as obras do Mundial.
Nos últimos dias, cenas de violência no Brasil ganharam espaço no noticiário internacional, como os conflitos entre manifestantes e policiais em Copacabana, no Rio, em protesto de moradores do conjunto de favelas Pavão-Pavãozinho, contra a morte de um dançarino. Além disso, nas últimas semanas, vários ônibus foram incendiados em São Paulo.
Valcke, porém, tratou de não alardear preocupação com a segurança, garantindo que problemas acontecem em todo o mundo, além de exibir confiança de que o governo manterá tudo sob controle no Brasil durante a Copa do Mundo. "Não existe um país que não tenha problema com segurança. É uma questão de todos os países", completou o dirigente.
As declarações foram dadas em uma entrevista rápida nesta sexta-feira, na sede do Comitê Organizador Local (COL) no Rio, após sua passagem por São Paulo, Curitiba, Cuiabá e Fortaleza. Também estavam presentes Aldo Rebelo, ministro do Esporte, Luis Fernandes, secretário executivo do ministério do Esporte, Ricardo Trade, diretor executivo do COL, e o ex-jogador Bebeto, membro do COL
Valcke mostrou mais uma vez, como aconteceu durante praticamente todas suas entrevistas nesta semana, estar resignado com a situação, evitando críticas aos atrasos e problemas na preparação do Brasil. "Estou muito contente porque finalmente está chegando a Copa e vão começar a falar de futebol", disse.
Assim, o secretário-geral da Fifa até contou que, no primeiro dia da Copa, vai tomar uma caipirinha com Aldo Rebelo e Ricardo Trade. E no fim, beberá champanhe para comemorar o encerramento do Mundial no Brasil.
Itaquerão
Também no encontro, Ricardo Trade, secretário executivo do Ministério do Esporte confirmou que a partida entre Corinthians e Figueirense, marcada para 17 de maio, às 21 horas, será realizado no dia seguinte, um domingo, no Itaquerão. O duelo, válido pelo Campeonato Brasileiro, servirá como teste para o estádio palco do jogo de abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho, entre as seleções de Brasil e da Croácia.