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Valcke diz que estrutura dos estádios não é a desejada

Ainda assim, o dirigente da Fifa garante que tudo estará instalado para que a Copa possa ocorrer a partir do dia 12 de junho

Arquibancadas temporárias no Itaquerão: o Brasil investiu mais de R$ 8 bilhões na reforma e construção de estádios, um dos valores mais caros da história do Mundial (Beatriz Souza/ EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 13h57.

Genebra - O Brasil teve sete anos para erguer seus estádios e vai organizar, em um mês, a Copa mais cara da história. Mas a Fifa não está totalmente satisfeita.

Em uma entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal suíço Le Matin, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, estima que as arenas brasileiras para a competição não atendem todos os desejos da Fifa.

"Nós não temos o nível de compreensão de infraestrutura que desejávamos (nos estádios)", disse Valcke, na entrevista ao jornal suíço Le Matin. Ainda assim, ele garante que tudo estará instalado para que a Copa possa ocorrer a partir do dia 12 de junho.

Para a Copa, o Brasil investiu mais de R$ 8 bilhões na reforma e construção de estádios, valor que é equivalente à soma do que foi gasto por Alemanha, em 2006, e África do Sul, em 2010, para preparar suas arenas para receber as duas últimas edições do Mundial.

Há dois dias, em evento em Lausanne, na Suíça, Valcke chegou a dizer que viveu um "inferno" no trabalho de preparação para a realização da Copa de 2014. Ele ainda admitiu que a Fifa teve de reduzir suas exigências para os estádios no Brasil.

Nesta quinta-feira, Valcke também reconheceu que algumas obras nas sedes brasileiras não estarão concluídas para a Copa. "Nas cidades, algumas infraestruturas não estarão terminadas. Certamente haverá obras em curso (durante a Copa)", disse o dirigente, que insistiu, porém, que essas obras não têm uma relação direta com o Mundial.

Na entrevista, ele comentou ainda sobre a possibilidade de novas manifestações de rua durante a Copa, assim como aconteceu no ano passado na Copa das Confederações. "Acho que teremos protestos", avaliou Valcke, que também fez uma ressalva. "As forças de polícia estão preparadas para administrar esses movimentos de maneira mais adaptada."

Questionado se entendia o motivo dos protestos, o dirigente da Fifa garantiu que sim.

"Eu entendo perfeitamente o que não funciona no Brasil, que, apesar de ser um país muito rico, é um país em desenvolvimento. Não podemos nos esquecer disso", apontou.

Mas ele rejeitou a tese de que os protestos sejam contra a Fifa. Segundo Valcke, é errado fazer a ligação entre os gastos públicos com a Copa e o que poderia ser investido em outros setores.

"Eles (manifestantes) se manifestam contra a corrupção, contra a decisão de aumentar o preço do ônibus, pela saúde e pela educação", lembrou o dirigente francês.

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Genebra - O Brasil teve sete anos para erguer seus estádios e vai organizar, em um mês, a Copa mais cara da história. Mas a Fifa não está totalmente satisfeita.

Em uma entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal suíço Le Matin, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, estima que as arenas brasileiras para a competição não atendem todos os desejos da Fifa.

"Nós não temos o nível de compreensão de infraestrutura que desejávamos (nos estádios)", disse Valcke, na entrevista ao jornal suíço Le Matin. Ainda assim, ele garante que tudo estará instalado para que a Copa possa ocorrer a partir do dia 12 de junho.

Para a Copa, o Brasil investiu mais de R$ 8 bilhões na reforma e construção de estádios, valor que é equivalente à soma do que foi gasto por Alemanha, em 2006, e África do Sul, em 2010, para preparar suas arenas para receber as duas últimas edições do Mundial.

Há dois dias, em evento em Lausanne, na Suíça, Valcke chegou a dizer que viveu um "inferno" no trabalho de preparação para a realização da Copa de 2014. Ele ainda admitiu que a Fifa teve de reduzir suas exigências para os estádios no Brasil.

Nesta quinta-feira, Valcke também reconheceu que algumas obras nas sedes brasileiras não estarão concluídas para a Copa. "Nas cidades, algumas infraestruturas não estarão terminadas. Certamente haverá obras em curso (durante a Copa)", disse o dirigente, que insistiu, porém, que essas obras não têm uma relação direta com o Mundial.

Na entrevista, ele comentou ainda sobre a possibilidade de novas manifestações de rua durante a Copa, assim como aconteceu no ano passado na Copa das Confederações. "Acho que teremos protestos", avaliou Valcke, que também fez uma ressalva. "As forças de polícia estão preparadas para administrar esses movimentos de maneira mais adaptada."

Questionado se entendia o motivo dos protestos, o dirigente da Fifa garantiu que sim.

"Eu entendo perfeitamente o que não funciona no Brasil, que, apesar de ser um país muito rico, é um país em desenvolvimento. Não podemos nos esquecer disso", apontou.

Mas ele rejeitou a tese de que os protestos sejam contra a Fifa. Segundo Valcke, é errado fazer a ligação entre os gastos públicos com a Copa e o que poderia ser investido em outros setores.

"Eles (manifestantes) se manifestam contra a corrupção, contra a decisão de aumentar o preço do ônibus, pela saúde e pela educação", lembrou o dirigente francês.

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