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Vai ter greve dos ônibus de SP amanhã? Motoristas se reúnem para avaliar paralisação

Os trabalhadores devem deliberar sobre a aprovação ou não da proposta e a suspensão da greve até 30 de junho

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 6 de junho de 2024 às 10h13.

Última atualização em 6 de junho de 2024 às 11h15.

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTrusp) vai realizar nesta quinta-feira, 6, uma assembleia para decidir sobre a paralisação programada para sexta-feira, 7.

ATUALIZAÇÃO: Sindicato dos motoristas adia paralisação prevista para esta sexta-feira

O presidente do sindicato, Edivaldo Santiago, convocou os trabalhadores do sistema de transporte por ônibus da capital (motoristas, cobradores e setor de manutenção) para uma reunião a partir das 10h, na sede do sindicato.

A reunião ocorre após os motoristas e as empresas de ônibus concordarem, em audiência na Justiça do Trabalho, que vão reabrir as negociações de reajuste salarial.

Os trabalhadores devem deliberar sobre a aprovação ou não da proposta e a suspensão da greve até 30 de junho. O resultado da assembleia será encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) até as 12h desta quinta-feira.

Se a suspensão da greve for aprovada na assembleia, o sindicato permanecerá em estado de greve durante as negociações, com ações de mobilização junto à categoria, de acordo com a decisão que for tomada na audiência. Se a greve for mantida, o desembargador decidirá sobre se os trabalhadores devem circular durante o horário de pico na sexta-feira.

Motoristas querem reajuste real no salário

Os trabalhadores pedem reajuste de 3,69% pelo IPCA (inflação oficial), mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46%, indíce calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As empresas ofereceram 2,77% e composição pelo Salariômetro de setembro.

O sindicato também pede a ampliação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), um reajuste do valor do tíquete para R$ 38, uma cesta básica com produtos de qualidade e o fim do termo "similar".

A categoria quer também um reajuste de 17% no seguro de vida, garantindo cobertura de dez salários mínimos conforme a Lei nº 12.619 (lei do motorista), melhorias nos convênios médico e odontológico, uma jornada de trabalho de 7 horas efetivamente trabalhadas (6h30 mais 30 minutos para descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas com 1 hora remunerada, auxílio funeral com revisão dos valores, e um cartão para uso em casos de necessidade.

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