Greve do Metrô: duas reuniões anteriores, realizadas em 1º e 2, aprovaram a paralisação (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 12 de junho de 2023 às 12h10.
Última atualização em 12 de junho de 2023 às 13h05.
Os metroviários de São Paulo se reúnem no início da noite desta segunda-feira, 12, por volta das 18h30, em assembleia que pode decidir por uma paralisação prevista para ocorrer a partir da 0h desta terça-feira, 13, dia seguinte ao terceiro encontro. Duas reuniões anteriores, realizadas em 1º e 2, aprovaram a greve.
Segundo o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, a principal reivindicação dos trabalhadores é pela contratação de funcionários por meio de concurso público.
“Diante da postura intransigente da empresa, que não melhorou sua proposta, mesmo após a categoria ter dado prazo até 1º de junho para que tivéssemos uma solução negociada, a categoria decidiu pela greve para a 0h do dia 13 de junho, com assembleia no dia 12", havia informado a categoria anteriormente.
Em assembleias anteriores, ficou decidido a utilização dos coletes e braçais em todas as áreas e retirada de uniforme a partir desta segunda-feira, mesmo dia em que está sendo feita a distribuição de carta aberta para informar a população da realização da greve.
Se aprovada, a paralisação irá afetar as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha do Metrô e 15-Prata de monotrilho. Por serem administradas por concessionárias, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás não serão afetadas. A proposta do sindicato é que o transporte funcione com as catracas livres, isto é, sem cobranças de tarifas para os passageiros.
“A categoria metroviária pretende novamente fazer o desafio de liberação das catracas aos passageiros no dia da greve. Nosso objetivo é trabalhar com as catracas livres para não prejudicar a população”, disse ainda em comunicado.
O novo movimento está relacionado também com a campanha salarial de 2023. Maio foi mês de renovação do acordo coletivo entre a companhia e os trabalhadores.
Além da contratação de mais funcionários, os metroviários pedem aumento nos vales refeição e alimentação, reajustado com base em perdas acumuladas provocadas pela inflação, uma cota extra no vale-alimentação do feriado de Natal (cortado há três anos, segundo a categoria) e a reintegração de funcionários que foram demitidos em 2020.
Procurada, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) não havia se pronunciado até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestação.