Vaccarezza diz que não sairá do PT e fará debate interno
O ex-deputado e ex-líder do governo na Câmara garantiu que não pretende deixar o partido e que vai "fazer o debate interno"
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2015 às 20h31.
São Paulo - O ex-deputado e ex-líder do governo na Câmara Cândido Vaccarezza ( PT ) disse, nesta terça-feira, 31, que o governo precisa "baixar a bola" para sair da evidente crise política e econômica do cenário atual.
"O governo tem que baixar a bola, a oposição também. O País precisa de paz para a gente encontrar uma saída e a saída não é só econômica", disse ao chegar para uma plenária de sindicalistas e da militância petista em "defesa" da Petrobras, da democracia e dos direitos dos trabalhadores.
Crítico do governo, o ex-líder petista garantiu que não pretende deixar o partido. "Sempre escuto especulação, mas eu não disse nada. Não vou sair do PT, vou fazer o debate interno", garantiu.
Vaccarezza disse, novamente, que vê erros no governo, nos últimos anos, que em sua visão precisam ser corrigidos. O ex-deputado criticou os caminhos da política e da economia e disse que o atual cenário é "complexo" e que por isso, tanto governo como PT precisam encontrar novas soluções para um Brasil que "é outro" daquele da fundação do partido nos anos 1980.
Apesar da crítica, ele saiu em defesa do sistema de alianças. Disse que foi uma das coisas positivas deixadas pelo governo Lula, a aliança de centro-esquerda a partir da ligação entre PT e PMDB.
Mas criticou a condução pelo governo dessa aliança central, com o partido que tem a vice-presidência na figura de Michel Temer, e que hoje tem a presidência da Câmara em uma figura que é hostil ao governo, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"As brigas estabelecidas e as disputas estabelecidas entre PT e PMDB nos últimos três anos do governo da Dilma cimentaram uma conjuntura muito agressiva, muito ruim", comentou.
Sobre a política econômica, Vaccarezza que tem uma postura crítica ao receituário ortodoxo de Joaquim Levy, evitou palavras duras. "Acho inusitado ter ajuste econômico e ajuste fiscal em uma situação de crescimento zero. O PT tem que se abrir para outras alternativas", afirmou. Mas emendou que "não existe culpa de ministro, nem política de ministro". "No presidencialismo, todas as soluções são políticas de governo."
Vaccarezza afirmou que pretende levar suas sugestões para reformular o partido tanto a reunião do diretório que acontece neste mês, como no V Congresso da legenda, que está marcado para junho, em Salvador.
Lava Jato
Sobre seu nome ter sido citado na lista de investigados da Operação Lava Jato, enviada ao Supremo Tribunal Federal, Vaccarezza deu a entender que não teme ser afastado do partido.
"Não tem nenhum processo contra mim. Essa investigação, vocês vão ver, não vai ter processo, vai morrer na investigação", afirmou. Questionado sobre a situação do tesoureiro João Vaccari Neto, também investigado na operação que apura as irregularidades na Petrobras, Vaccareza preferiu não comentar.
São Paulo - O ex-deputado e ex-líder do governo na Câmara Cândido Vaccarezza ( PT ) disse, nesta terça-feira, 31, que o governo precisa "baixar a bola" para sair da evidente crise política e econômica do cenário atual.
"O governo tem que baixar a bola, a oposição também. O País precisa de paz para a gente encontrar uma saída e a saída não é só econômica", disse ao chegar para uma plenária de sindicalistas e da militância petista em "defesa" da Petrobras, da democracia e dos direitos dos trabalhadores.
Crítico do governo, o ex-líder petista garantiu que não pretende deixar o partido. "Sempre escuto especulação, mas eu não disse nada. Não vou sair do PT, vou fazer o debate interno", garantiu.
Vaccarezza disse, novamente, que vê erros no governo, nos últimos anos, que em sua visão precisam ser corrigidos. O ex-deputado criticou os caminhos da política e da economia e disse que o atual cenário é "complexo" e que por isso, tanto governo como PT precisam encontrar novas soluções para um Brasil que "é outro" daquele da fundação do partido nos anos 1980.
Apesar da crítica, ele saiu em defesa do sistema de alianças. Disse que foi uma das coisas positivas deixadas pelo governo Lula, a aliança de centro-esquerda a partir da ligação entre PT e PMDB.
Mas criticou a condução pelo governo dessa aliança central, com o partido que tem a vice-presidência na figura de Michel Temer, e que hoje tem a presidência da Câmara em uma figura que é hostil ao governo, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"As brigas estabelecidas e as disputas estabelecidas entre PT e PMDB nos últimos três anos do governo da Dilma cimentaram uma conjuntura muito agressiva, muito ruim", comentou.
Sobre a política econômica, Vaccarezza que tem uma postura crítica ao receituário ortodoxo de Joaquim Levy, evitou palavras duras. "Acho inusitado ter ajuste econômico e ajuste fiscal em uma situação de crescimento zero. O PT tem que se abrir para outras alternativas", afirmou. Mas emendou que "não existe culpa de ministro, nem política de ministro". "No presidencialismo, todas as soluções são políticas de governo."
Vaccarezza afirmou que pretende levar suas sugestões para reformular o partido tanto a reunião do diretório que acontece neste mês, como no V Congresso da legenda, que está marcado para junho, em Salvador.
Lava Jato
Sobre seu nome ter sido citado na lista de investigados da Operação Lava Jato, enviada ao Supremo Tribunal Federal, Vaccarezza deu a entender que não teme ser afastado do partido.
"Não tem nenhum processo contra mim. Essa investigação, vocês vão ver, não vai ter processo, vai morrer na investigação", afirmou. Questionado sobre a situação do tesoureiro João Vaccari Neto, também investigado na operação que apura as irregularidades na Petrobras, Vaccareza preferiu não comentar.