USP Leste reforça plano de emergência na volta às aulas
Os planos para situações de mergência incluem explicações de como agir durante explosões, incêndio ou vazamento de gases
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2014 às 10h55.
São Paulo - A USP Leste fará novos planos de contingência e de comunicação para definir como funcionários, alunos e professores devem agir durante emergências nos prédios do câmpus, localizado na zona leste da capital paulista. Os planos em vigência estão desatualizados e têm cronograma de 2012.
O anúncio foi feito pela diretoria da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) nesta segunda-feira, 18, em palestra no dia de volta às aulas, após a desinterdição do terreno, liberado pela Justiça no dia 22 de julho.
Segundo a diretora da EACH, Maria Cristina Motta de Toledo, a atualização dos planos ocorrerá nos próximos dias, mas não há prazo de conclusão dos documentos. "Não queremos demorar muito (para concluir). Ainda vai levar alguns dias", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.
Os planos incluem explicações de como agir durante explosões, incêndio ou vazamento de gases. Na atualização, será incluído o novo sistema de ventilação e extração de gás metano do subsolo dos prédios.
Constarão também medidas a serem seguidas em caso de emergência, rotas de fuga, pontos de encontro, além de telefones dos órgãos responsáveis por atendimento a urgências.
Já o plano de comunicação estabelece os órgãos prioritários a serem notificados sobre os riscos e a sequência de informação que deve ser seguida entre esses setores.
Com o retorno ao câmpus, a diretoria pretende ainda criar nova Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), formada por funcionários.
A atualização dos planos faz parte dos procedimentos técnicos da unidade.
Apesar da exigência dos documentos, tanto a diretora quanto Carlos Frederico Egli, engenheiro técnico da Weber Ambiental, empresa responsável pelo sistema de ventilação do gás metano, afirmam que não há risco de explosão.
Segundo Egli, nos mais de cem pontos de monitoramento de gás no subsolo "não há mais registro" ou "há registro mínimo e insignificante de gás metano".
Em relação às terras contaminadas , a unidade informou que seguiu as exigências da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) para o fechamento das áreas com tapumes metálicos e colocação de grama para evitar a dispersão da terra.
No entanto, a área da chaminé da USP Leste ainda não está com o isolamento. Apesar de não ter circulação de alunos, o espaço foi considerado o mais contaminado do câmpus por estudo feito por uma empresa contratada pela universidade .
De acordo com Maria Cristina, o local está com fitas de isolamento, mas também deve receber os tapumes. Ela não soube informar a data em que isso ocorrerá.
Retorno
A volta às aulas na USP Leste foi de reconhecimento do espaço para alunos que conheceram o local pela primeira vez. Nesse grupo não estão os estudantes de Engenharia da Computação da Escola Politécnica.
Apesar de terem ingressado neste ano para compor o primeiro curso da Poli na zona leste, ainda estão no câmpus da Cidade Universitária, na zona oeste. As obras para ampliação do prédio que abrigaria o curso foram retomadas com a desinterdição do terreno, mas não há prazo de conclusão.
Segundo revelado pelo Estado, um departamento da Politécnica recomendou à direção da escola que o processo seletivo do curso de Engenharia da USP Leste não seja aberto no próximo ano.
Calouros
Muitos alunos novos estavam perdidos no primeiro dia de aula. Para ajudá-los, os veteranos montaram tours pelo câmpus e colocaram placas improvisadas indicando a localização dos prédios.
Apesar do alívio de voltar ao local, os estudantes estavam apreensivos com as condições do terreno. "Tomara que essas medidas sejam provisórias. Ainda tem muito o que fazer", disse Karina dos Santos, de 17 anos, do curso de Lazer e Turismo.
Segundo a diretora, o semestre letivo, que começou duas semanas após o calendário oficial, será cumprido. Aulas práticas, que não puderam ser oferecidas no primeiro semestre, poderão ser retomadas agora.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.