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Uma pizza geral, diz relator da CPMI do Cachoeira

"Apesar de todo o esforço, nós fomos derrotados pela blindagem em favor de Marconi Perillo [governador de Goiás], e a empresa Delta”, disse o relator

O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG): o relatório de Cunha foi rejeitado por 18 votos a 16 e fez com que a CPMI encerasse os trabalhos sem um documento final (Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 15h31.

Brasília - Uma grande pizza. Foi assim que vários parlamentares definiram nesta terça-feira (18) o fim da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , com políticos e empresários. “As conclusões são um nada, um vazio, uma pizza geral, lamentável. Apesar de todo o esforço, nós fomos derrotados pela blindagem em favor de Marconi Perillo [governador de Goiás], e a empresa Delta”, disse o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG).

O relatório de Cunha foi rejeitado por 18 votos a 16 e fez com que a CPMI encerasse os trabalhos sem um documento final. Além de votos contrários do PSDB e de partidos menores, o documento foi rejeitado alguns por parlamentes do PMDB, partido da base do governo. O documento derrotado envolvia 41 pessoas. Todas suspeitas de ligação direta com o esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar quadrilha de exploração de jogos ilegais, em parceria com servidores públicos. O diretor da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, e o governador Marconi Perillo estavam na lista.

“O que vocês assistiram aqui é pior do que pizza. Os governadores Sérgio Cabral (RJ) e Marconi Perillo (GO), além da empreiteira Delta se uniram para derrotar o relatório e impedir que a investigação seguisse em frente. O dia de hoje ficará como o dia da infâmia. Um dia em que o Congresso Nacional brasileiro protagonizou uma das maiores vergonhas da sua história”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PMDB-AP).


O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno, também criticou o resultado final da CPMI. “O parlamento não cumpre com seu papel de investigar, apurar e encaminhar a quem deve tomar providências. De mais de cinco mil páginas, nós tivemos uma página de meia no voto separado do deputado Luiz Pittman (PMDB-DF), o que é lamentável sob todos os aspectos. Como estamos em véspera de Natal é uma presepada o que foi aprovado hoje pela Comissão Parlamentar de Inquérito”, criticou Rubens Bueno.

“A única vitória daqueles que querem a investigação de um esquema de corrupção, que perpassa o governo federal e vários governos estaduais, foi compartilhamento [de informações] com o Ministério Público Federal”, avaliou do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Ele acredita que, apesar do resultado final da comissão, o compartilhamento dos sigilos recebidos pela CPMI fará com que as investigações sigam em frente. O ponto citado pelo deputado foi o único de consenso hoje na CPMI.

Os parlamentares aprovaram requerimento do deputado Odair Cunha para que os sigilos levantados pela CPMI - fiscais, bancários e telefônicos, sejam levados à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério Público Federal de Goiás. O compartilhamento está previsto também no voto separado do deputado Luiz Pittman. Com uma página e meia, o documento aprovado na comissão inclui a Polícia Federal, e é considerado o resultado final da CPMI.

“As investigações continuarão e serão aprofundadas. E, aí sim, em ambiente sem as influências, que nós aqui tivemos, e isentas por completo, as investigações poderão aprofundar e trazer aos brasileiros os verdadeiros fatos, da mesma forma que Supremo Tribunal Federal trouxe os últimos fatos do mensalão”, afirmou Pittman.

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Brasília - Uma grande pizza. Foi assim que vários parlamentares definiram nesta terça-feira (18) o fim da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , com políticos e empresários. “As conclusões são um nada, um vazio, uma pizza geral, lamentável. Apesar de todo o esforço, nós fomos derrotados pela blindagem em favor de Marconi Perillo [governador de Goiás], e a empresa Delta”, disse o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG).

O relatório de Cunha foi rejeitado por 18 votos a 16 e fez com que a CPMI encerasse os trabalhos sem um documento final. Além de votos contrários do PSDB e de partidos menores, o documento foi rejeitado alguns por parlamentes do PMDB, partido da base do governo. O documento derrotado envolvia 41 pessoas. Todas suspeitas de ligação direta com o esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar quadrilha de exploração de jogos ilegais, em parceria com servidores públicos. O diretor da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, e o governador Marconi Perillo estavam na lista.

“O que vocês assistiram aqui é pior do que pizza. Os governadores Sérgio Cabral (RJ) e Marconi Perillo (GO), além da empreiteira Delta se uniram para derrotar o relatório e impedir que a investigação seguisse em frente. O dia de hoje ficará como o dia da infâmia. Um dia em que o Congresso Nacional brasileiro protagonizou uma das maiores vergonhas da sua história”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PMDB-AP).


O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno, também criticou o resultado final da CPMI. “O parlamento não cumpre com seu papel de investigar, apurar e encaminhar a quem deve tomar providências. De mais de cinco mil páginas, nós tivemos uma página de meia no voto separado do deputado Luiz Pittman (PMDB-DF), o que é lamentável sob todos os aspectos. Como estamos em véspera de Natal é uma presepada o que foi aprovado hoje pela Comissão Parlamentar de Inquérito”, criticou Rubens Bueno.

“A única vitória daqueles que querem a investigação de um esquema de corrupção, que perpassa o governo federal e vários governos estaduais, foi compartilhamento [de informações] com o Ministério Público Federal”, avaliou do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Ele acredita que, apesar do resultado final da comissão, o compartilhamento dos sigilos recebidos pela CPMI fará com que as investigações sigam em frente. O ponto citado pelo deputado foi o único de consenso hoje na CPMI.

Os parlamentares aprovaram requerimento do deputado Odair Cunha para que os sigilos levantados pela CPMI - fiscais, bancários e telefônicos, sejam levados à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério Público Federal de Goiás. O compartilhamento está previsto também no voto separado do deputado Luiz Pittman. Com uma página e meia, o documento aprovado na comissão inclui a Polícia Federal, e é considerado o resultado final da CPMI.

“As investigações continuarão e serão aprofundadas. E, aí sim, em ambiente sem as influências, que nós aqui tivemos, e isentas por completo, as investigações poderão aprofundar e trazer aos brasileiros os verdadeiros fatos, da mesma forma que Supremo Tribunal Federal trouxe os últimos fatos do mensalão”, afirmou Pittman.

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